Luanda - João Lourenço carrega nos ombros o peso de um fracasso histórico que transcende o entendimento humano. Sob a sua liderança, Angola retrocedeu décadas, mergulhando numa espiral de miséria que nos remete aos trágicos anos 1990, quando o país era palco de guerra, colapso econômico e uma crise humanitária sem precedentes. Hoje, em pleno século XXI, o povo angolano revive esses horrores de maneira ainda mais cruel: pela negligência e pela incompetência que transformaram a cólera em símbolo de um governo falido.
Fonte: Club-k.net
A cólera, uma doença do passado, ressurge das entranhas da má gestão, alimentada pelo lixo que domina as ruas e pela água insalubre que milhões de angolanos são obrigados a consumir. Mas em Angola, não é apenas o lixo que fede — é o descaso do governo. Paul Theroux, no seu Último Comboio para a Zona Verde, descreveu com precisão cirúrgica o desinteresse do regime angolano pelo povo. E nada mudou.
Enquanto os angolanos morrem de cólera, malária e febre amarela, João Lourenço preocupa-se em dividir a Frente Patriótica Unida, manipulando o cenário político para perpetuar-se no poder. Não se trata mais de uma questão de má gestão, mas de um delírio de grandeza. João Lourenço parece um homem em fuga da razão, alguém que precisa urgentemente de acompanhamento psicológico. O sofrimento do povo angolano tornou-se pano de fundo para uma tragicomédia política, onde o suposto presidente ignora a Constituição e as necessidades básicas de quem deveria proteger.
E o povo? A sociedade civil? A oposição? Silêncio absoluto. Desde 2023, não há protestos significativos. A oposição está enfraquecida, e a sociedade civil parece ter sucumbido ao medo ou à indiferença. Mas o maior cúmplice dessa tragédia é o próprio povo angolano, que, entre a resignação e a apatia, escolhe acomodar-se no sofrimento.
Não basta observar, lamentar ou criticar à distância. É preciso revoltar-se. O destino de Angola está nas mãos de quem ousar romper o ciclo de cumplicidade e erguer-se contra a pandemia de incompetência que devasta o país.
Leia. E Revolta-te.