Lisboa - O Club-K soube hoje que a acontecerá na próxima Sexta Feira no Tribunal Provincial de Luanda, a primeira audiência do tribunal em que a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) acusa o jornalista, publicitário e docente universitário Celso Malavoloneke e o Semanário Angolense a propósito de um artigo por aquele assinado intitulado “Ao Invés da Fé a IURD Prega o Sexo” publicado neste semanário em Maio de 2009, num julgamento quee muitos analistas acreditam ser uma espécie de tentativa desta confissão religiosa silenciar os jornalistas e órgãos que mais se têm destacado nas denúncias das práticas consideradas de extorção praticadas pelos seus líderes.
 

Fonte: Club-k.net

Por denunciar  práticas  de extorção de dinheiro

Recorde-se que neste artigo, o também colunista do Semanário Angolense insurgia-se contra a distribuição indiscriminada de camisinhas a adolescentes e jovens nas ruas de Luanda, e referia-se à IURD como uma empresa de angariamento de lucros em vez de uma igreja, utilizando nesse processo as técnicas mais refinadas de marketing e propaganda. “Ela (a IURD) faz negócio em vez de ebangelizar porque achando-se agente comercial de Cristo estabelece os preços para as bênçãos do Salvador...” dizia a dado passo o artigo.

 

Na sequência disso, a responsável pela actividade, Raquel Reis, de nacionalidade brasileira, insurgiu-se contra o artigo e intentou uma acção judicial contra o semanário e o colunista, sob o argumento de ter sido ofendida pelas expressões “... outros – mwangolés incorrigíveis – diziam bregeiros entre os muxôxos das senhoras presentes que não se importariam nada mesmo de “ir à senhora bispa”  com camisinha ou sem, ela que até estava “bala” com umas “ráias à maneiras” e um corpinho de mulata de carnaval” e exigindo uma indemnização de mais de 600 mil USD. Num artigo posterior “As Razões da Minha Esperança” Malavoloneke contrapunha que limitara-se a descrever a cena de escândalo que a maneira pouco digna como Raquel Reis estava vestida, a actividade insólita que fazia e as suas declarações tinham provocado nas pessoas citadas.


 
Contactado pelo Club-K, Celso Malavoloneke remeteu quaisquer declarações para depois da primeira audiência, limitando-se a afirmar que” sente-se sereno e confiante na justiça do seu País”.