Luanda - Com a recente legalização do Partido Liberal, liderado pelo jovem presidente Luís de Castro, de 38 anos, que até então se destacava no activismo social, surge a eterna questão: será que finalmente teremos uma verdadeira alternativa ideológica em Angola, ou tudo não passa de mais um jogo de oportunismo político? Pois, segundo o mais velho Numa, "a política é um grande negócio", e o que se vê não é muito diferente. Afinal, é claro que ter um partido liberal é um sopro de renovação na política angolana, ou não é? Vejamos: mais uma sigla, mais uma liderança jovem que promete trazer frescor, mas será que não estamos apenas diante de uma versão actualizada de velhas práticas, mascaradas com roupagens de modernidade?
Fonte: Club-k.net
É até engraçado imaginar que, em um país onde o cenário político é frequentemente caracterizado por uma competitividade de espaços ideológicos que raramente se traduz em propostas concretas, o surgimento de um novo partido com um discurso "liberal" vai fazer com que as coisas realmente mudem.
O presidente Luís de Castro, com toda a sua juventude e espírito de "activismo social", agora se vê no comando de um partido que se pretende ser uma alternativa séria, ou mais um passaporte para cargos e privilégios? O povo, que já aprendeu a ser cético, vai esperar para ver se o novo "liberalismo" não será apenas uma capa para o velho truque: garantir que a política continue a ser, de facto, um grande negócio.