Luanda - O Partido Socialista (PS) francês governou a “Terra dos Direitos do Homem” por 21 anos em três períodos distintos. Em 2017, o PS enfrentou dificuldades, baixou a sua popularidade e perdeu as eleições legislativas e presidenciais. O partido “A República em Marcha” (La République En Marche, LREM) ganhou as eleições e legitimidade para governar a França.

Fonte: Club-k.net

O LREM foi fundado em 2016 pelo antigo ministro da Economia no Governo do socialista François Hollande: Emmanuel Macron, hoje presidente de “La Belle France”. Fê-lo depois de ter rompido com o PS. O LREM é de orientação ideológica centrista que, na prática, destruiu o PS franciu e redesenhou o cenário político de “Hexágono”.

Os militantes a Primeira Convenção do “Cidadania” elegeram um antigo ministro das Finanças da “Administração Eduardo dos Santos” como presidente: Júlio Bessa! O jornalista Rui Kandove expendeu algumas ideias sobre o facto num artigo intitulado “Encenação, Traição ou Regeneração”, no qual apresenta três variáveis e ideias esparsas sobre o surgimento do “Cidadania”.

Na primeira variável, destaco parte do juízo formulado por Rui Kandove com o qual insinua que o partido liderado por Júlio Bessa pode ser um partido-satélite do MPLA que visa a dispersão nas eleições em 2027. Na terceira variável, Rui Kandove deixa no ar a ideia segundo a qual o “Cidadania” conta com o apoio não declarado de um grupo colossal de membros do MPLA”. Kandove diz que Júlio Bessa não tem moral para falar do sofrimento do povo.

Ora, vamos lá ver se nos (des)entendemos. O nascimento de partidos debaixo do sol político angolano deve ser sempre encarado positivamente. Enriquece a democracia. Desde que estejam verdadeiramente imbuídos de espírito patriótico. O “Cidadania” está no ar. Sinto na aragem o cheiro de Isabel dos Santos. Deve ser da mudança de estação. Meu querido, meu velho, meu amigo Rui, entra na onda e segue o conselho de C4 Pedro: “(…) Fica calmo/relaxa. Está tudo bem/Come um pastel de Belém/Aqui ninguém julga ninguém(…)”.