Brasil - A Democracia, mesmo quando ruim, torna o nosso mundo espiritual, optativo, uma esfera ilimitada. Não foi há muito tempo que tive a coragem de entrar aqui e dizer a todos que JES, José Eduardo dos Santos, já não era o meu candidato. Não mudei, continuo afirmando o mesmo. Com esse estado de espírito vivo torcendo pelo partido que tanto fez pela nação angolana, que o mesmo nas próximas eleições tenha a altura um candidato, que também seja o candidato dos nossos sonhos. Assim como é o partido no poder, o MPLA.


Fonte: blogdonelodecarvalho.blogspot

Disse a  todos que JES já não era o meu candidato

Mas para os adversários políticos que acham que somos bitolados nas nossas crenças e opções, devemos dizer que vivo torcendo não só pelos camaradas, mas, também, por uma oposição saudável. Principalmente, no que diz respeito a uma liderança que esteja à altura das ambições dos eleitores. É desta última liderança que queremos nos manifestar. E que precisamente têm decepcionado mais do que aquele que se mantém no poder há trinta anos.

 

Como tudo nessa vida, é do mal e do pior que um país precisa ser defendido, ser defendido dos vícios, da corrupção e dos ismos oportunistas . É ainda sobre este último fenômeno que nossa reflexão recai.

 

O Savimbismo e o direito à gritaria – porque vivemos numa democracia- têm prestado grandes serviços ao desacato às leis nesse país. O Exemplo está que quando se tenta pôr ordem em algum processo de relacionamento entre o Estado e o Cidadão, ou o acatamento das leis, aquelas duas turmas nas peles que lhes caracterizam e demonstram sua identidade adotam de maneira embusteira a defensa dos direitos humanos. É preciso não nos enganarmos e iludirmos com essa gente.

 

Fazer cumprir a lei, aprovada pelo consenso da maioria, numa democracia onde todos os grupos da oposição participam, não pode ser usado contra quem de direto tem obrigação de fazer cumprir as mesmas: o Estado eleito democraticamente.

 

Não é o que temos visto nessa casa chamada de Angola, onde na verdade a ditadura vem daqueles que usam os direitos da democracia para se excederem em suas reivindicações. Se tivermos tempo de parar e observar vamos notar que a ditadura tão rejeitada pela oposição e as organizações cíveis não vem, necessariamente, do poder soberano e institucionalizado, mas daqueles, que convencidos que aquele poder tem obrigação de respeitar as leis, usam isso para pôr em prática seus métodos extremistas, radicais e ditatoriais. O retrato é que nossa oposição tem dificuldades de lidar com a lei, tornando a mesma desordeira e caótica. Assim, não se pode jamais acreditar nessa gente que fazem da lei um instrumento para conquistarem direitos absurdos, que não existem.

 

Por exemplo, o direito de se protestar pondo em perigo a segurança do Estado, da nação e da Unidade Nacional, em Cabinda ou em qualquer lugar desse país; o direito de se fazer ocupações ilegais e desordenadas, quando se sabe que existe uma lei de ordenamento urbano e moradia; confundir, por exemplo, a liberdade de imprensa com o denuncismo barato e propagantisco.

 


Uma oposição que faz da sua luta pela conquista ao poder um estado permanente de guerra contra aqueles que foram eleitos democraticamente poder ser qualquer coisa menos oposição.

 

Esse estado de guerra, ainda quando de menor escala, reflete-se em todos os chamados protestos organizados pelas ONG, quando já não é tradicionalmente a UNITA e outros partidos, fazendo o uso dos seus direitos, são as ONGs “defensoras dos direitos humanos”. O Estado de guerra é tal que qualquer manifestação ou reclamação vinda desses três grupos, mesmo em condição de minoria é alardeado como um grito ( ou gritos) contra a suposta opressão do regime. Este, para os oposicionistas, deveria ser derrubado até no grito se for necessário. Ao menos na imprensa privada eles saem retratados como os donos da situação, a desproporcionalidade de que qualquer coisa é melhor do que manter um país como Angola Unido e Governado pelo MPLA fica refletido no vandalismo e na contra reação que caracteriza esses grupos.

 

Os argumentos aqui estão retratado naquilo que tem acontecido no dia a dia. Quando – e outro exemplo segue- a FLEC fez o seu serviço terrorista, matando pessoas inocentes, não se viu até hoje oposição nenhuma, bem organizada, nas ruas, reclamando pelo ato bárbaro. Para não dizer que uns fizeram a festa e brindaram pelo sucesso. Nem os ditos líderes da oposição foram cavalheiros e humanos em condenar de maneira retumbante tais atitudes. Mas uma vez o repudio e a condenação sobrou de maneira solitária para o MPLA, mas uma vez o MPLA viu-se sozinho a defender a Unidade Nacional. A propósito, foi esse partido o único, que em Cabinda organizou a única manifestação.

 

Nem a UNITA, nem as ONGs “das vidas”, nem a oposição instigada pelo espírito golpista e oportunista do Nito Alves apareceram para repudiar. O pior ainda é que agora, aqueles terroristas: Padre Raul Taty, o jurista Francisco Luemba, o economista Belchior Lanso Taty, o engenheiro Bernarde Paca, e talvez outros por aí, são tratados pela imprensa da oposição angolana como defensores dos direitos humanos. Isso não é uma decepção. Isto é uma provocação ao nosso direito de construirmos uma identidade Nacional.

 

Sim, uma identidade junto ao MPLA e ao sonho de Agostinho Neto, de que Angola é de Cabinda ao Cunene!

 

Eu vou, sim, continuar a criticar José Eduardo dos Santos pelos seus erros de administração governamental, vou criticar a corrupção, vou me opor a todos os vícios de governança gerados nesses trinta anos de poder. Mas não sou maluco nem idiota, o suficiente, para vender o meu país àquele grupo de pessoas do parágrafo anterior ao ” Sim” que nem amor pela mãe deles têm!


Eu tenho perfeita consciência de que lado estou!