Luanda - O diretor do Gabinete das Seleções Nacionais da Federação Angolana de Futebol (FAF), Artur Vilinga, vai deixar as suas funções. A decisão foi tomada pelo vice-presidente das Seleções Nacionais, em conjunto com o presidente da FAF, num contexto de pressão interna e desgaste dentro da instituição.
Fonte: Club-k.net
Artur Vilinga, antigo internacional angolano e fluente em várias línguas, é reconhecido pelas boas relações e referências dentro da COSAFA e da CAF. No entanto, de acordo com informações apuradas, a sua saída está relacionada com divergências quanto ao novo modelo de gestão da FAF.
Entre os fatores apontados para o afastamento estão os erros cometidos na última jornada de apuramento para o Campeonato do Mundo e um alegado desentendimento com Carlos Alonso “Cali”. Segundo fontes, a nova liderança da FAF tem demonstrado inexperiência e dificuldades na gestão da equipa técnica e dos atletas, além de permitir a interferência de elementos externos ao núcleo da seleção, incluindo familiares do presidente da federação.
Com a saída de Vilinga, o processo de reestruturação da seleção nacional já está em curso. Fontes indicam que as mudanças irão abranger a equipa médica e, posteriormente, a equipa técnica, com o objetivo de preparar a seleção para o Campeonato Africano das Nações (CAN), que se realizará em Marrocos, em dezembro.
A atual gestão da FAF, que assumiu funções em dezembro, tem enfrentado desafios nos resultados desportivos. Desde então, a seleção angolana somou apenas uma vitória na fase de qualificação para o CHAN e garantiu o apuramento para o CAN feminino nos penáltis. Já na fase de qualificação para o Mundial, obteve apenas um ponto em seis possíveis, levantando preocupações sobre o futuro dos Palancas Negras.