Luanda – Os líderes da oposição angolana, Adalberto Costa Júnior, Abel Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes, reuniram-se no dia 23 de março para debater a redinamização, o alargamento e a reformulação da Frente Patriótica Unida (FPU). A plataforma foi criada com o objetivo de unir forças políticas e cidadãos independentes na luta por uma alternância democrática em Angola.

Fonte: Club-k.net

De acordo com informações apuradas, o encontro faz parte de uma agenda que prevê várias reuniões de trabalho ao longo do mês de abril. O objetivo é delinear uma nova estratégia e ajustar a estrutura interna da coligação. No entanto, fontes em Luanda destacaram a ausência do PRA-JA Servir Angola, projeto liderado por Abel Chivukuvuku, que não enviou representantes nem forneceu esclarecimentos formais aos restantes parceiros.

 

A falta de comunicação por parte do PRA-JA tem gerado inquietação no seio da coligação. Dirigentes da UNITA e do Bloco Democrático (BD) defendem a necessidade de uma clarificação urgente sobre a posição dos seus aliados, para garantir a coesão da FPU.

 

Criada em 2021, antes das eleições gerais de 2022, a Frente Patriótica Unida foi concebida para congregar diferentes sensibilidades políticas e cívicas numa frente comum, com o objetivo de disputar o poder ao MPLA, partido no governo desde 1975. Atualmente, a aliança é composta pela UNITA, o Bloco Democrático e o PRA-JA Servir Angola.

 

Embora não tenha concorrido formalmente como coligação devido a impedimentos legais relacionados ao registo do PRA-JA, a FPU apoiou a candidatura única de Adalberto Costa Júnior à presidência da República. Nas eleições de 2022, a oposição alcançou cerca de 44% dos votos, segundo os resultados oficiais, marcando a maior votação de sempre para a oposição em Angola.