Lisboa - Morreu na passada madrugada, em Lisboa, vítima de ataque cardíaco, o Frei João Domingos, pároco da Igreja do Carmo de Luanda. Teria se deslocado em Abril passado na sua terra natal, Portugal a fim de receber assistência médica. O Sacerdote faleceu no dia em que completaria 78 anos de idade devendo ser enterrado em Portugal (Era seu desejo ser enterrado na terra onde iria falecer).

 

Fonte: Club-k.net

Uma das vozes mais críticas contra as práticas de corrupção

O Frei João Domingos teve mais de  50 anos de vida sacerdotal. Antes de cumprir missão em Angola, o mesmo viveu vários anos nos Estados Unidos da America. Em Angola, esteve também ligado a docência ao qual foi  Reitor do Instituto Superior João Paulo II. Era acompanhador  do trabalho dos jovens do Club-K. No primeiro dia do ano enviou uma correspondência de interesse publico intitulado "Governantes angolanos matam pessoas que falam" – diz Frei João Domingos


Dedicou-se a causa dos pobres e foi uma das vozes mais críticas do clero contra as práticas de corrupção instaurada pelo MPLA em Angola. A 13 de Setembro de 2009, numa das suas homilias o frei chamou atenção aos angolanos para não se calarem, pedindo  "que continuem a falar e a denunciar as injustiças, para que este país seja diferente", asseverou o Frei João Domingos, na altura tendo indo mais longe ao dizer que não podem se calar mesmo que nos custe a morte, assim como aconteceu com muitos angolanos, a exemplo de Jesus.

 

As suas palavras teriam caído mal nas hostes do regime do MPLA, levando a  turma de José Ribeiro do Jornal de Angola a  lançar um editorial a ofender o padre dizendo que: O Frei João Domingos é um desbocado - Jornal de Angola, que, volta e meia, não resiste em levantar a sotaina para tentar saltar para as luzes da ribalta.” José Ribeiro foi  criticado pela falta de consideração ao homem de Deus que procurava direcionar os angolanos com as palavras do senhor.  Desconhece-se que  moral terá José Ribeiro e o seu Jornal de Angola em escreverem sobre o desaparecimento do carismatico padre ao qual não tinham respeito.