Luanda - Refiro-me ao fenómeno do surgimento e ascensão de uma terceira via, movimentos políticos alternativos que, fora do tradicional bipartidarismo, ganham força e representação significativa, expressando o cansaço dos cidadãos com os modelos instalados e a procura por novas respostas, novos projetos e novas ideias.

Fonte: Club-k.net

Em Moçambique, a terceira via surpreendeu ao sair em segundo lugar nas eleições, desafiando décadas de bipolarização entre FRELIMO e RENAMO, em Portugal, assistimos ao crescimento de forças como o CHEGA, que, embora polémico, rompe com o velho eixo PS-PSD e impõe novas dinâmicas ao Parlamento, são sinais claros de que os povos, quando se sentem traídos ou negligenciados pelos partidos tradicionais, procuram alternativas, mesmo que antes parecessem impensáveis.

 

Qualquer semelhança com o que pode vir a acontecer em Angola não será mera coincidência, será um reflexo, o reflexo do desgaste dos discursos de sempre, da saturação da juventude com promessas vazias, e da urgência de construir um novo pacto político entre os líderes e os cidadãos.

 

Acredito firmemente que, em Angola, 2027 pode ser o ano do despertar, o ano em que a vontade popular se expressará com ousadia e mostrará que há espaço para uma nova forma de fazer política, mais ética, mais inclusiva e mais centrada em servir os Cidadãos.

 

O futuro está a ser escrito em várias partes do mundo, que Angola esteja pronta para escrever o seu próprio capítulo, O FIM DO BIPARTIDARISMO

Por:Nadilson Paim