Lisboa - Altos funcionários da Textang II promovem, em meios informais, a idéia de que a greve levada a cabo esta segunda feira pelos trabalhadores desta fabrica terá sido instigada por “mãos invisíveis” próximas a UNITA.
Fonte: Club-k.net
Rádio Despertar deu espaço aos grevistas, segundo o regime
Na versão que sustentam, invocam que a greve ganhou um suposto carácter político por reflexo de problemas pessoais dentro da empresa, criado por pessoas ligadas ao partido fundado por Jonas Savimbi.
A evidencia que os mesmos apresentam como prova das mãos invisíveis da UNITA, é uma suposta abertura que a Radio Despertar deu a um director da Textang II em que teria feito acusações contra o director geral daquela fabrica , Artur Luís Tombia. Na denuncia feita, o DG é acusado de desviar salários dos trabalhadores para sua conta pessoal. (O DG acabaria por processar o colega denunciante).
Os responsáveis da Textang II que conotam a greve a UNITA , argumentam que este partido terá se aproveitado das declarações do tal director- denunciante que recorreu a Radio Despertar. O mesmo é apresentado/acusado de ser o responsável pelos “desacatos” ocorridos na empresa.
A greve na Textang II reuniu centenas de trabalhadores que reivindicaram do aumento salarial. No dia em que os mesmos saíram as ruas, os guardas de protecção civil fizeram disparos de armas de fogos para “controlar” os grevistas. Os trabalhadores denunciam que os salários na empresa variam de doze a dezesseis mil kwanzas, razão pela qual suspeitam que estes não correspondem ao salário real que consta na folha de salários do banco de poupança e credito onde são processados os seus respectivos ordenados.
Em círculos privados, os responsáveis da TEXTANG, dão a entender que são os que melhor pagam a nível de todas as empresas do Estado. Tomam por “ridículo” as reivindicações dos trabalhadores. Prometem reagir para melhor esclarecimento da ocorrência.
A TEXTANG II esta a ser alvo de um processo de reabilitação e modernização tendo para o efeito, o Ministério da Indústria criado uma comissão dinamizadora, para representar o IDIA - Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola junto desta empresa.
A TEXTANG II foi, no passado, uma empresa de referencia em Angola e que nas ultimas décadas ficou prejudicada pelo seu passivo.
De lembrar que as suas instalações acolhe uma unidade de produção, afecta a Casa Militar da Presidência da Republica, que fabrica fardamento , botas e outros derivantes para a armada e policia. Tem cerca de 800 trabalhadores. O seu director Artur Luís Tombia é um quadro, formado na ex-URSS, que depende da Casa Militar