Johanesburgo - É   um dos mais habilitados quadros que serviu a  inteligência militar angolana ao tempo do conflito armado. Seguiu carreira  na área de analise e informação.  Fazia leitura do estado psicológico de Jonas  Savimbi baseadas na intercepção das suas  comunicações.  Chegou a  interceptar   uma conversa  entre Savimbi e o general Antonio Dembo,   quando o primeiro  consolava o seu segundo   que acabava por  perder  a esposa Judith Bonga,   num momento em que a guerrilha planeava  evacuar a senhora para o Zimbábue.

 

Fonte: Club-k.net

O estratega  do Centro de Estudos Estratégicos

Em 2001 quando JES afastou João de Matos do cargo de – CEMGFAA, o  coronel Manuel José Correia Barros  ajudou este ex oficial a fundar  o Centro de Estudos Estratégicos em Angola (CEEA)  tornando-se  Vice-Presidente do seu Conselho Executivo. Quando passou para reserva em 2004, Correia Barros passou a dedicar-se a “full-time”, para esta instituição tornando-se no seu estratega e no quadro que mais intervenção faz.

 

O coronel Correia Barros  que hoje se fala nasceu em Lisboa. Freqüêntou o curso  de direito na Universidade Clássica de Lisboa e no cumprimento do serviço militar obrigatório foi enviado a Angola. Combateu nos arredores de Nambuangongo tendo saído ferido e levado para Portugal.  Quando melhorou voltou para Angola onde destacou-se como analista de sistema.

 

A proclamação da independência apanhou-lhe em território nacional. Naturalizou-se angolano  e  passado um mês aderiu ao braço armado do MPLA, as extintas  FAPLA. Foi colocado na marinha de guerra onde exerceu vários cargos entre os quais o  de Comandante das Forças de Marinha do Kuando Kubango, Chefe de Operações da Marinha de Guerra, Chefe do Estado-Maior da Defesa do Caminho-de-Ferro de Benguela, chefe do Departamento de Ciências Militares, chefe do Estado-Maior da Operação “Kwanza-Bengo”, e chefe do Posto de Comando Central e do Centro de Direcção Operativa do EMG das FAPLA.

 

Em 1989, passou para a divisão  de informação militar. No seguimento da unificação dos dois exércitos (FAPLA e FALA), o coronel Correia Barros, viria  a fazer parte das  FAA, integrando  o seu braço de inteligência. O seu ultimo cargo ao serviço do exercito,  foi o de  chefe do Departamento de Informação e Análise do Serviço de Inteligência Militar. Em finais de 2004, passou para reserva como coronel. Pelo seu perfil, há ainda quem questione o porque  não da sua promoção a oficial brigadeiro ou general.

 

Hoje na  condição de  membro do CEEA, é  convidado por organizações estrangeiras para abordar temas da área da segurança. Em 2007, esteve numa conferencia internacional em Lisboa ao qual foi lhe solicitado a falar das relações transatlânticas e a segurança global. Recebeu recentemente um convite para falar da experiência da guerra civil em Angola nos conflitos Bioéticos numa conferencia ater lugar no próximo dia 15 de Setembro em Salvador da Bahaia, Brasil. Presta igualmente o seu contributo na  analise de estudos habilitados publicados em Angola e no estrangeiro.   É  um dos fazedores de  opinião em Angola, em matéria de segurança e resolução de conflitos. Antigos militares da UNITA, da linha do general Geraldo Nunda revelam certa admiração pelo mesmo.

 

É a figura a quem os ex-oficiais do  exercito sul africano do apartheid  respeitam em matéria de inteligência militar tornando-se numa personalidade de referencia  no Instituto de Estudos e segurança na África do Sul.  É  membro da SADSEM – a  rede de gestão da defesa e da segurança da África Austral, a instituição que congrega instituições de estudos estratégicos  e que ajuda os governos da região a desenvolver políticas de defesa.


O CENTRO DE ESTUDOS ESTRATEGICOS DE ANGOLA


O  CEEA ao qual o Coronel Correia faz parte funciona como uma "inteligência" independente vocacionada aos estudos e analises da segurança da região e resolução de conflitos. Fazem pronunciamentos em assuntos que  se queira dar um entendimento profissionalizado visto que activos dos serviços de Inteligência não o podem fazer. A composição do CEAA  que tem o General  João  de Matos na Presidência, é composta por militares que trabalhavam na área da inteligência. O mais notavel em termos de carreira é o   ex-chefe dos serviços de informação militar da PR, general Cirilo “Ita”. Faz parte do grupo,  o antigo  Director Adjunto dos Serviços de Inteligência Militar do Ministério de Defesa, Tenente-General, Felisberto Njele.