Lucapa - Fóssemos todos nós esperar da intoxicação das TPA´s, Jornal de Angola, Angop e RNA`s, estaríamos, disso não tenho dúvidas, literalmente dementes há muito tempo. Graças á deus, temos ainda a VOA, a BBC, o Canal África, a RFI e em Angola embora com certa timidez e excesso de zelo a Ecclesia, mas temos sim uma Rádio Despertar sem complexos,  preconceitos ou tabús, que apesar de deparar-se com inúmeras debilidades técnicas, humanas e as vezes profissionais, passa a imagem da Angola real, a Angola que todos nós vivemos, sentimos e conhecemos.


Fonte: Club-k.net



Tudo começou com um lacónico comunidado do Bureau Político do MPLA, alegando traições e injúrias á partir do estrangeiro, de onde alegadamente angolanos há, que forjados pela UNITA e outras orgaizações internacionais (nomes nunca mencionados) tentam "sujar a boa imagem" do N´guvulu, do Regedor, do Todopoderoso de Angola, o Presidente José Eduardo dos Santos, que sómente dirige os destinos da nação há apenas 31 anos, faltando talvez mais 30 para então celebrar talvez os seus 98 anos com pomba e circunstância.


Como se não bastasse, agora é a vez de Rui Falcão, Secretário para a Informação dos camaradas, a dar á cara na ribalta, querendo fazer-se passar como sendo o angolano que melhor contributo deu a pátria. Ilusão, pois  senão vejamos:


"Não podemos cair em atitudes impensadas e irreflectidas trazidas por pessoas que nada fizeram por este país, que o destruíram e continuam, pelas mais diversas formas, a querer atingir o poder". (Rui Falcão I)


Pergunto-lhe: a quém se refere o Senhor? Será que se refere a UNITA, identificada com a maioria absoluta dos angolanos e conhecedora da Angola profunda bem como a força que afinal, impôs o pouco de liberdade que impera em Angola e que permite que a Rádio Despertar informe aquilo que os Pasquins do regime não podem e nem querem informar? Enquanto verdadeiros angolanos lutavam e batiam-se pela verdadeira independência deste país, onde andou o camarada Falcão, em Angola ou na diâspora servindo-se e ostentando os bens desta Angola que hoje o Sr. pensa ser apenas dos angolanos do MPLA? Porquê querer minimizar e secundarizar os angolanos afectos á UNITA, como sendo de outra classe? Não permitiremos mais qualquer que seja a medida no sentido de fechar a Rádio Despertar, pois o vosso comportamento é prelúdio daquilo que já vive no vosso coração desde aos famigerados Acordos de Lusaka, destruir a UNITA e os angolanos que come la se identificam. Não permitiremos jamais, a menos que o país páre!


O célebre mas famigerado Jornal de Angola na sua edição de hoje vai mais longe e atesta: "Rui Falcão afirmou que é pensando nos angolanos que o MPLA continua a trabalhar na melhoria da governação e na gestão da coisa pública". (Rui Falcão II)


Sinceramente, mais cínico não podia ser o camarada Rui Falcão . . .! Então o angolano que até pelo chinês que na China vive literalmente como cão, hoje já chama o angolano de „burro, atrazado, preguiçoso“ como bem afirmou aqui em Luanda um empresário chinês bem identificado, já secundariza o angolano, afinal que dignidade tem dado a Governação do MPLA aos angolanos?



Até chinês „Zungueiro“ temos em Angola enquanto as nossas Zungueiras são permanentemente perseguidas pela Polícia Nacional, onde vamos parar? Será que as nossas embaixadas já cedem vistos para vendedores chineses ambulantes?



„Conquistámos a paz e, fruto disso, obtivemos a estabilidade social e económica e estamos entre as economias que mais crescem no mundo. Mas há ainda quem não esteja satisfeito com o crescimento que Angola tem vindo a conquistar" (Rui Falcão III). 



Pois saiba Sr. Falcão que estes que o Sr. Chama de „quem não está satisfeito“ representam justamente 81% do eleitorado nacional, de cujos votos foram roubados nas urnas em 2008.



„A atitude, segundo o comunicado, é a de tentar denegrir, a qualquer preço, a imagem do Presidente e o bom desempenho da economia angolana . . .“ (Rui Falcão IV)


Só não vê quem não quer, o desempenho tão propagado da enonomia angolana afinal a quem serve? Quanto ganha um simples operário chinês que muitas vezes nunca foi sequer pedreiro, nem electricista nem sequer ajudante de obras? Quanto ganha um angolano muitas vezes melhor qualificado e competente.



Será que as empresas de obras Públicas sejam elas, portuguesas, chinesas ou brasileiras, necessitam assim de tanto pessoal de base tais como pedreiros, ladrilhadores, ajudantes, etc? Não seria mais racional e humano, preenchermos estes lugares com jovens angolanos desempregados vivendo á margem da miséria absoluta e sem qualquer perspectiva futura restando-lhe apenas a recorrer a criminalidade para sobreviver?


Afinal quém é Pasquin?


Sr. Falcão tenha pelo menos compaixão para com os milhões de angolanos sofredores. Poupem-nos!