Lubango - Herói é uma figura arquetípica que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica. Neste contexto, o termo herói designa originalmente o protagonista de uma obra narrativa ou dramática. Em parte, o herói tem grandiosa dimensão, porque faz aquilo que devia ser feito.


Fonte: Club-k.net

O heroísmo em herói é marcado por uma projecção: por um lado, representa a condição humana, na sua complexidade psicológica, social e ética; por outro, transcende a mesma condição, na medida em que representa facetas e virtudes que o homem comum não consegue mas gostaria de atingir – fé, coragem, força de vontade, determinação, paciência, etc.


No entanto, o heroísmo que resulta em auto-sacrifício chama-se martírio.


O herói está tipicamente guiado por ideais nobres e altruístas – liberdade, fraternidade, sacrifício, coragem, justiça, moral, paz. Tão raro, e eventualmente buscará objectivos supostamente egoístas (vingança, por exemplo); no entanto, suas motivações serão sempre moralmente justas ou eticamente aprováveis, mesmo que ilícitas. Aqui é preciso observar que o heroísmo caracteriza-se principalmente por ser um acto moral. No entanto, desde 1975, Angola nunca teve dirigentes com tendências heróicas.


Existem casos em que indivíduos sem vocação heróica protagonizam atitudes dignas do herói, mais que não são considerados como heróis. Há por exemplo em Angola, aqueles indivíduos que demonstram virtudes heróicas para realizar façanhas de natureza egoísta, motivados por vaidade, orgulho, ganância, ódio, etc. É o caso dos milionários angolanos que roubam erário público para se enriquecerem. Ou ainda, Antonio Agostinho Neto que fundou um Partido que supostamente libertou angolanos, mais induziu o povo numa miséria extrema, levando mesmo aqueles que combateram a morrer pela fome e desgraça. Tais excepções não impedem de serem admirados; no entanto, serão melhor representados no arquétipo do anti-herói e os que nele morrem consideram martírios.


O heroísmo é um fato profundamente arraigado no imaginário e na moralidade popular. Feitos de coragem e superação inspiram modelos e exemplos em diversos povos e diferentes culturas, constituindo assim figuras arquetípicas. Situações de guerra, de conflito e de competição são ideais para se realizar feitos considerados heróicos. E os angolanos podem aprender disso.


A inspiração heróica surge muitas vezes a partir da problemática imposta por um ambiente ou situação adversa, cuja solução exija um feito grandioso ou um esforço extraordinário. Problemas como pobreza extrema, não apoio aos desmobilizados de guerra, falta de emprego, falta de se saber o caminho de bilhões de dólares das contas de petróleo, transferência de bilhões de dólares nas contas de pessoas singulares feitos pelos membros do governo como Aguinaldo Jaime, Manuel Vicente, etc., transcendem a uma resolução serena.


Por exemplo, a França dominada pela Inglaterra, por exemplo, fez surgir uma Joana d’Arc. A inspiração heróica surge também de uma necessidade nata de aceitar um desafio que pareça atraente. É o caso de Teseu, personagem da mitologia grega, cujos actos heróicos foram inspirados pelo desejo de ser tão conhecido e admirado quanto seu ídolo Hércules.


Há ainda a ocasião em que indivíduos de qualidades ordinárias confrontarão situações que exijam deles feitos heróicos. Pode-se citar como exemplo o caso de Mfulupinga Lando Victor, personagem de um partido político que foi assassinado por defender o povo bem como do Jornal da Rádio Despertar assassinado um dia antes do partido no poder, MPLA, acusa a mesma rádio a fomentar a violência que não existe. Ainda que não tenha nenhum atributo heróico, esses actos moralmente obrigam a vingar-se pelos feitos por eles praticados.


A exemplo da moral, a inspiração heróica também é relativa. Em uma sociedade que esteve voltada para a guerra, o herói será o indivíduo que pratica proezas em nome do povo. Esse alguém, terá que possuir a capacidade de resolver os problemas do povo. Não como programas que avista transparecem bons, mais em contra partida prejudicam milhões de cidadãos tais como gastos bilhões em construção de campos de campos de futebol em detrimento de milhões que morrem de fome e pobreza estrema.


Assim, carros compatriotas, diversas situações históricas foram capazes de inspirar heroísmos, e muitos personagens das artes e do imaginário popular são baseados nestes heróis. Ao herói são atribuídos grandes feitos, e por vezes ele aparece como o fundador de uma cultura, uma não ou um povo prospero.


Os diferentes movimentos culturais (literários, artísticos) inspiraram diversas atitudes heróicas ou serviram de pano de fundo para manifestos populares cujos líderes foram considerados heróis pelo povo, embora tenham sido duramente represados pelas minorias representantes do poder. Assim, devemos aprender desses feitos e procurar criar realmente o heroísmo, porque em Angola precisa-se realmente de heróis.