Benguela - Angola aderiu este ano a campanha Fair Play For África. Trata-se de uma rede formada por principais organizações da sociedade civil ao serviço do Sida no país e mais 10 países africanos que promovem medidas para tornar o acesso aos serviços de saúde e VIH para todos.


*António Capalandanda
Fonte: VOA

 

Em 2001 em Abuja, na Cimeira africana da União sobre o HIV / SIDA, Tuberculose e Outras Doenças Infecciosas, o governo angolano se comprometera em alocar pelo menos 15 por cento do orçamento geral do Estado à saúde, como também, garantir o acesso universal ao tratamento e cuidados ate 2010. Esse compromisso tido como ponto de partida para aceleração do cumprimento dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio não foi cumprido.

 

 Uma das questões mais urgentes do Fair Play For África é o insuficiente acesso aos serviços de saúde, que afecta todos os membros da sociedade, limitando o desenvolvimento em outras áreas.

 

Na sua nota conceptual, os grupos da sociedade civil referem que, contra um pano de fundo do legado do colonialismo, fraco sistema de saúde, dependência em Ajuda externa ao desenvolvimento para o apoio de projectos, acesso não equitativo aos serviços de saúde, deficit dos recursos humanos e infra-estruturas e excessiva demanda pelos serviços, oferecem a Angola desafios importantes ate 2015.

 

Estima-se que, famílias pobres tidas como o grosso da população angolana, podem chegar a gastar 25 por cento da sua renda anual em prevenção e tratamento.

 

Em declarações a Voz da América, Gabriel de Barros, director da Oxfam GB em Angola, apelou ao governo angolano para que “tome medidas apropriadas com vista a assegurar que a secção mais pobre da comunidade tem disponibilidade de tratamento e de acesso de saúde gratuito ate 2015.”