A saber:
- Alargar/reforçar ligações aos EUA (Angola continua a aplicar-se nesta aproximação, com o objectivo inferido de igualar e/ou suplantar a África do Sul como parceiro estratégico dos EUA em África).
- Compensar efeitos nocivos,  políticos e outros, da ruptura, aparentemente irreversível, do processo de negociações com o FMI.
- Ajudar a promover uma imagem mais positiva de Angola no plano internacional – por associação da admissão ao MCA com a  ideia de terem sido satisfeitos os respectivos critérios, considerados muito exigentes (políticas económicas credíveis, transparência, respeitos pelos direitos humanos, etc.).
No lóbi a favor das pretensões do Governo estão envolvidas companhias petrolíferas, as quais já tinham desempenhado um papel crucial na eleição de Angola para o AGOA (Africa Growth and Oportunity Act), considerada custosa,  tendo em conta que se tinha registado antes, 2000, uma exclusão, que também visou países como Sudão e Zimbabué.


2 . O AGOA confere aos países-membro o estatuto de parceiros comerciais favorecidos dos EUA; os seus produtos, desde que satisfaçam condições como a de incorporarem apenas mão-de-obra africana, podem entrar livremente no mercado norte-americano, mediante quotas; Angola apenas produz e exporta petróleo para os EUA, a que o AGOA não se aplica.

O MCA, ao contrário do AGOA, que é um tratado comercial,  dispõe de fundos destinados à concessão de créditos e ajudas especiais aos seus membros. Este factor impõe a observância de regras mais rígidas nas adesões. Benin, Cabo Verde, Gana, Lesoto, Madagáscar, Mali, Moçambique e Senegal são os países africanos do MCA.

A pretensão de Angola de ser considerada “elegível” para o MCA não tem contado com a aprovação da própria organização. O parecer do chefe do Departamento Africano, Malik Chaka, é o de que Angola não satisfaz ou satisfaz incipientemente os critérios básicos de elegibilidade.

Fonte Africa Monitor