Lisboa - Reginaldo Silva, emblemático jornalista angolano reconhecido pela sua isenção/frontalidade foi alvo da censura da TPA por criticar procedimentos do regime do MPLA, no programa “Semana em Actualidade” de domingo (14/11/2010). O mesmo que fala semanalmente ao programa em referencia contracenou nesta edição com um jurista do MPLA, Norberto Garcia.
Fonte: Club-k.net
Por criticar atitudes erradas do MPLA
Ao longo do programa o jornalista falou sobre falhas do regime do MPLA em relação ao recente processo de condecorações aos nacionalistas tendo notado que nenhuma figura da oposição com destaque aos partidos históricos (FNLA e UNITA), recebeu medalhas. Reginaldo Silva observou uma visível marginalização nas condecorações tendo aludido que tal atitude nada ajuda no processo de reconciliação entre os angolanos. Segundo ele esta seria uma grande oportunidade para o MPLA ganhar ainda mais pontos junto a comunidade internacional.
No decorrer da sua analise, os técnicos da TPA simularam falha técnica resultando no corte do programa. (Colocaram excessivas publicidades). Quando o programa foi novamente ao ar, notaram que o mesmo ainda estava “quente” e optaram por retirar o programa do ar.
O programa “Semana em Actualidade” passa aos domingos e geralmente conta com a presença de dois convidados permanentes que são Reginaldo Silva e Ismael Mateus que esta semana esteve ausente. No programa, faz-se o resume da semana e o apresentador solicita aos dois convidados a sua leitura quanto aos acontecimentos semanal. Não há informação para poder confirmar se o “Black out” foi resultado de algum telefonema dos responsáveis do regime ou se foi iniciativa dos jornalistas com receios de sofrerem represálias do MPLA.
Recentemente três lideres de partidos políticos, Alexandre Sebastião (PADDA), Sidiangani Mbimbi (PDP-ANA), Manuel Fernandes (POC) denunciaram que a TPA fez com eles uma entrevista de brincadeira. Foram entrevistados para falar do discurso sobre o estado da nação do PR José Eduardo dos Santos. As declarações dos mesmos não terá sido do agrado da TPA que decidiu não passar as respectivas entrevistas na televisão.