Lisboa - Um avião da companhia aérea angolana TAAG, que partiu do aeroporto de Lisboa às 11h11, foi forçado a regressar à Portela por problemas técnicos. Pelo caminho, terá deixado cair em Almada alguns pedaços metálicos da fuselagem, que atingiram um veículo mas não terão causado feridos.


*Marisa Soares
Fonte: PÚBLICO

Aterragem de emergência

“O avião levantou voo do aeroporto da Portela e voltou pouco tempo depois, por volta das 11h30, para fazer uma aterragem de emergência devido a um problema técnico”, confirma o porta-voz da ANA, Rui Oliveira. A mesma fonte adiantou que a aterragem decorreu normalmente e que não houve problemas com os passageiros, mas não confirma que os pedaços encontrados esta manhã nas ruas de Almada pertençam ao aparelho.

 

De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Almada, Vítor Espírito Santo, as peças atingiram um carro que estava estacionado na Rua Lourenço Pires de Távora. “Foi encontrado um pedaço de fuselagem, com cinco centímetros de largura e 10 a 15 centímetros de altura, e partiu o vidro traseiro do carro, que estava vazio no momento”, explica o comandante.


Foi encontrada ainda outra peça com a mesma dimensão, na mesma rua, no chão, e outra na Avenida D. Afonso Henriques, que fica ali perto. No local, estão os bombeiros de Almada e de Cacilhas à procura de outras peças metálicas que possam ter também caído.

 

O alerta foi dado ao Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal por volta do meio-dia. A investigação está agora a cargo do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves. “Temos uma equipa a dirigir-se para o aeroporto para averiguar o estado do avião e iremos posteriormente para Almada para confirmar se as peças pertencem a esse aparelho”, disse ao PÚBLICO o tenente coronel Fernando dos Reis, responsável pelo organismo.


A TAAG Angolan Airlines integra a “lista negra” das companhias aéreas interditas na União Europeia, mas faz parte de um pequeno conjunto de dez transportadoras que estão autorizadas a operar dentro do espaço comunitário, condicionadas a rigorosas restrições de exploração.