Lisboa - O correspondente oficial do Club-K em, Luanda, Lucas Pedro, foi na madrugada de hoje atacado e, ameaçado de morte, à 100 metros do seu domicílio, por três elementos (mascarados) armados até aos dentes quando regressava de uma das unidades hospitalar, na capital angolana.


Fonte: Club-k.net

Agressores disseram que é para aprender a não se meter com os grandes

Tudo aconteceu, segundo o jornalista, – que também viu o seu carro (na foto) de marca Toyota Carina E, a ser vandalizado pelos bandidos –, quando foi interpelado por uma viatura de marca Toyota Tundra, cor cinzenta, sem placa de matricúla, onde rapidamente desceram os ‘paus mandados’ (agressores) armados – à estilo gringo – apontando-lhe duas armas de fogo tipo AK e pistola, à cabeça. “Não percebi absolutamente nada”, disse o jornalista.



Sem oferecer qualquer tipo resistência, o também porta-voz da Fundação 27 de Maio, entregou-se a ‘bel prazer’ dos actores. “Lembro-me ter visto a mesma viatura, a perseguir a partir do bairro Zango, município de Viana. Como condutor achei normal, porque estavamos todos dirigir-se na mesma direcção”, contou.



Já próximo da sua residência, no bairro Boa Esperança, município de Viana, os agressores, com uma manobra perigosa, interpelaram o jornalista. “Fui  brutalmente retirado do carro pelos agressores, e começaram a sovar-me”, garantiu, recordando que um dos elementos, por ironia, disse-lhe num tom de gozo: “É para aprender a não se meter com os grandes”.



Dez minutos depois do sucedido, o jornalista dirigiu-se (por voltas das três horas) até a esquadra móvel, da polícia nacional – localizado no mesmo bairro junto ao campo olímpico –, para registar a ocorrência, mas como o azar não vem só, este encontrou simplesmente a ‘roulotte’ abandonado sem agentes. Será que foram tirar uma soneca?


O acto – de acordo com a vítima – não passou de um simples recado dos assustadores, numa altura em que, a Fundação 27 de Maio pretende, nos próximos dias, lançar mais uma obra literária “Comandante Nito Alves - A última vítima do MPLA no século XX”, onde – segundo fontes seguras – é um dos presumíveis autores. “Recentemente fui entrevistado pela Rádio Despertar, na qualidade de porta-voz da Fundação, para falar da obra. E fi-lo com muito gosto”, realçou. 



Entretanto, a nossa fonte lembrou que não é a primeira vez que passa por uma situação de género. “Há mais de seis anos, ainda como jornalista do jornal ACTUAL, fui agredido por elementos desconhecidos, por ter denunciado os maltratos e violações da polícia da 1ª divisão da 4ª esquadra às prostitutas”, recordou.



É de salientar que, num perimetro de três meses, este município tornou-se um verdadeiro palco de ataques contra os profissionais de comunicação social, dentre eles os profissionais da Rádio Comercial Despertar nomeadamente, Alberto Chakussanga (morto com um tiro nas costas) e António Manuel da Silva “Jójo” (apunhalado por indivíduos até hoje desconhecidos), agora foi a vez de Lucas Pedro, que além de ser correspondente do CLUB-K, em Angola, é também colaborador permanente do jornal Terra Angolana.