Togo - Diversas personalidades do Togo insurgiram-se esta quinta-feira contra o desfecho do julgamento ao ataque à sua seleção de futebol, em janeiro, que resultou em duas mortes em Cabinda, Angola, classificando-o uma farsa.
Fonte: Jornal Record
Do atentado ao autocarro da seleção, que ia disputar a Taça das Nações Africanas (CAN), resultou ainda a morte do motorista: foram detidos oito elementos, mas apenas um foi condenado pelo tribunal de Cabinda, António Puati, que vai passar 24 anos na prisão.
"Houve muita ligeireza no tratamento deste caso, que foi pouco realista. Não acreditamos na sinceridade dos angolanos", criticou uma fonte da federação de futebol do Togo, citada pela France Press.
A associação de jornalistas desportivos não foi mais branda: "Temos a sensação de que as autoridades angolanas queriam apresentar culpados por qualquer meio, sem fazer uma verdadeira investigação para deter os verdadeiros autores do ataque".
O antigo futebolista internacional Espoir Yedi Bawona garante que a sentença "não satisfaz os togoleses, pois não acabou com as dúvidas suscitadas pelo ataque sofrido pela seleção".
"O Togo, como país, e os familiares das vítimas devem fazer com que avance a denúncia judicial contra a frente da Libertação do Enclave de Cabinda - Posição Militar (FLEC-PA), federação e governo de Angola para que os verdadeiros autores e os seus cúmplices sejam detidos e castigados", vincou.