Lisboa – Foi até pouco tempo,  o director do gabinete do ex-Ministro das relações exteriores,  Assunção dos Anjos e junto com o ex-Vice-Ministro para as finanças,  Carlos  Bragança ficaram na   memória  dos funcionários como as figuras que terão prejudicado nos últimos tempos o mandato do Ministro (O dirigente ficava mais ausente por motivos de saúde) e estes seus colaboradores direitos  estavam mais preocupados em desenvolver influencias para salvaguardar o seu “Day after”.


Fonte: Club-k.net


 
Conhecido  no circulo familiar por “Coy” , José Coimbra Baptista Júnior  é irmão de Joana  Lina Baptista e  sobrinho de uma das mais  prestigiadas figuras da OMA, Rufina Ramos da Cruz. Ele próprio é uma figura que teve  participação  activa no MPLA por intermédio das  estruturas da JMPLA, no bairro Terra Nova, em Luanda em finais da década de setenta.  Desligou-se logo após a manifestação do 27 de Maio por ostentar uma certa  “óptica diferente” acrescida ao afastamento de certos colegas. Passou a dedicar-se  aos estudos tendo entrado para o PUNIV que lhe daria acesso a faculdade de engenharia da Universidade Agostinho Neto. Mais tarde trabalhou por algum tempo numa empresa que tratava de questões técnicas relacionadas com elevadores num edifício no perímetro da agencia Angop, na Avenida Brasil.


Terá  também passado pelas FAPLA, e daí foi transferido para o aparelho  da segurança de Estado. Em 2003, por influencia de Fernando Garcia Miala, foi nomeado para o cargo de Director de Inteligência Económica do Serviço de Inteligência Externa. A época, era  mais ligado ao então  director do gabinete técnico,  Gilberto Veríssimo  de quem foi seu colega de sala  no antigo  colégio  Liceu Paulo Dias de Novais, na era colonial. Ambos entraram para escola no mesmo ano de 1973.

 

No respaldo da queda do então DG do SIE, Garcia Miala,  José Coimbra  Júnior  sobreviveu a purga e foi  nomeado para chefiar o  Gabinete de Estudos e Planeamento do Serviço de Inteligência Externa na era Oliveira Sango. Ficou conotado a uma corrente de apresso ao brigadeiro Veríssimo. Quando este foi afastando de DG adjunto do SIE  por se incompatibilizar  com o seu superior Oliveira Sango, José Coimbra Baptista Júnior foi  também  despedido e substituído por Filomena de Lourdes  Rebelo.

 

Ficou por algum tempo no desemprego até ter sido  reabilitado  por Assunção dos Anjos que o levou para o Ministério das relações exteriores   como director do seu Gabinete. Logo após ter se apercebido que o então ministro sairia do cargo,  José Coimbra  Júnior  teria persuadido o antigo governante para que o deixasse nomeado como  cônsul angolano em Johanesburgo, em substituição de Narciso Espírito Santos.  As movimentações de influencia  coincidiram  com a entrada de um novo Ministro, George Chicoty que deu por  nulo  algumas decisões do seu antecessor. 

 

Chicoty  por outro lado procurou acomodar os elementos do seu antecessor.  Nomeou  Fernandes Quixito como Vice-Cônsul em Belize/Congo. “Quixito” era o director adjunto do gabinete do antigo Ministro. Para José Coimbra  Júnior  chegou-se  aventar  em despachá-lo  como Cônsul no Rundo, na Namíbia em substituição Judith Costa.  A  indicação para Cônsul no Rundo é sustentada pela sua passagem  pelo SIE, visto que as  autoridades tem por habito nomear elementos da segurança do Estado  para as missões consulares nas  zonas  que fazem fronteira com Angola. De acordo com dados pertinentes, a provável nomeação teria de partir do próprio SIE, e o MIREX apenas aprovaria sem objecção. Porém, são dadas como improváveis que isto venha acontecer visto que saiu daquela estrutura por alegadas conotações ao brigadeiro Gilberto Veríssimo. Uma ida para Johanesburgo como chefe da missão consular angolana nesta cidade é também descartada, por alegadamente ser uma pasta destinada apenas para os quadros da casa (entenda-se; ministério das relações exteriores.)