Brasil - O infantilismo de cibernautas e alguns articulistas do club-k ao proclamarem a chegada de uma revolução para derrotar o “regime do MPLA ou de JES” chega a ser a presunção patética do ignorante que adotou a ideologia de direta para manifestar o ódio, que a burguesia mesmo no lado direito do monarca, numa posição mais intelectualizada, não o faz ou não se manifesta por uma questão de cultura e etiqueta.
Fonte: blogdonelodecarvalho.blogspot.com
Etiqueta são os bons modos com que alguém deve se apresentar diante dos outros, usando os valores culturais que uma determinada sociedade e cultura nos incutiram. Ali, o monarca, não tem nada a ver com a zombeteria habitual, no sentido figurado, que de vez enquanto tem se feito com o nosso príncipe mor atualmente no poder. É uma alusão histórica sobre a Revolução Francesa ou ao Rei Francês, Luís XVI.
Lamento em dizer que a oposição angolana não tem cultura, nem etiqueta e está atrasada no tempo. Atrasada no tempo porque consegue confundir-se, e até às vezes alistar-se, a um grupo de ex-terroristas que até hoje não se arrependeram do que fizeram no passado. Esse alistamento queima qualquer iniciativa presunçosa tida como o início de uma suposta revolução. Até a diáspora com suas mensagens empurradas ao club-k é vítima dessa ignorância.
Uma oposição decadente como a nossa tida como um monstro onde várias cabeças se proliferam e renascem, e onde –um dos partidos- desperta o interesse ou chama atenção, não pela “força” que tem, mais pelo seu aspecto inerte. A UNITA é um monstro atravessado por uma adaga que dá medo pelo seu aspecto ou grau de fealdade ( vítima e objeto); um monstro derrubado. A UNITA é verdadeiramente um monstro de aspecto sobre natural, e o que nos dá medo é a sua sobre natureza, mesmo sendo um objeto morto. A UNITA como partido político é tão feia que jamais promoveria revolução alguma. A UNITA, de Samakuva e seus dirigentes, não têm estilo, não têm carisma para promover uma revolução de “formigas”, quanto mais de um povo de verdade, feito de carne e isso.
A suposta revolução esperada pela oposição angolana, entre eles a diáspora, mesmo nunca se concretizando, não passa de uma revolução dos bichos. Onde a essência seria substituir um bando de corruptos há trinta e cinco anos no poder por outra turma de oportunista de vampiros, que nesse preciso instante do regime do MPLA, aquela, o vampirismo, encontra-se hibernadondo.
Uma revolução, idêntica, protagonizada pelos descendentes das civilizações faraônicas, ou qualquer uma daquelas do leste europeu, transformadas em retrocessos históricos, não passa de uma revolução de bichos oportunistas, de animais sedentos de sangue. Peço desculpas ao povo Egípcio, estes talvez mereçam mais, que os hippies sem rumos do leste europeu, enganados pela Perestróica.
Angola não precisa de uma revolução. Angola o que precisa é de uma reengenharia estatal, que fortaleça as instituições e ajude a expulsar os corruptos do poder. E tem mais, uma reengenharia que ajude a valorizar e a posicionar o papel da oposição na sociedade angolana. E que a acabe com a polarização política entre o MPLA e o fantasma da UNITA. Aquele usando este partido para se legitimizar no poder, usando o savimbismo e o kwacharismo como causa da desgraça em que se encontram os angolanos. E têm toda razão!
Não precisamos de uma revolução, mesmo por que ela seria falsa, já que esta não teria princípios nem ideologias para se sustentar. Qualquer suposta revolução angolana nos levaria novamente a falsidade ideológica dos últimos trinta e cinco anos: em que todos eram comunista e no fundo se revelou que ninguém era. Os antigos comunistas no poder são os que hoje, além de roubar, defendem a propriedade privada como um modo de relação econômica superior a propriedade pública. A falsidade ideológica do passado está retratada hoje na corrupção, no cinismo e no silêncio de um estado que optou em defender o seu chefe mor tido como representante ou líder clarividente e inquestionável de todos os angolanos e acima de tudo que respira dentro dessa nação. Para derrubar este tipo de aberração não precisamos de uma revolução. Seria gastar energias de mais para pouca coisa. O sujeito, para ser derrubado, não precisa o esforço de uma revolução. Ele não vale tanto assim, e não é tão perigoso assim! E com tanto poder. Ele não vale nada, política nem historicamente falando. A corrupção tem neutralizado a sua função política e o papel na historia em que um dia o mesmo se posicionará. Só se for como corrupto! Mais do que isso não vai ser. Querer fazer uma revolução para neutralizarem tal sujeito é o mesmo que querer matar um mosquito com fogo de canhão ou morteiro.
A revolução angolana já foi feita em 1975 ( aquilo sim era uma Revolução de Verdade!) e triunfou. Agora só precisamos de um processo radical para saber administrar o que ela deve nos proporcionar. Para pormos a mesma nos carris correto.
Além disso, eu prefiro o discurso fidelista que diz: “Revolução se faz todos os dias, mantendo-la, lutando pela educação e a transformação do homem”. No nosso caso, nossa educação, é educar as pessoas para lidarem com a democracia e lutar por seus objetivos prioritários, como estes que vem na Constituição do Distrito Federal, entidade pertencente à Federação Brasileira e onde se encontra a Capital do Brasil, Brasília:
I - garantir os direito humanos assegurados na Constituição e na Declaração Universal dos diretos Humanos;
II – assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
III- preservar os interesses gerais e coletivos;
IV- promover o bem de todos; etc, etc.
A impossibilidade de se cumprir normas como estas não está numa suposta falta de vontade política daqueles que estão no poder ou do partido político no poder. Mas na incapacidade desse de reconhecer que a corrupção existe e ela deve ser atacada. Atacada de tal forma que o papel de cada um dos militantes dentro do Estado deve ser parametrizado por regras e normas bem especificada, desmistificando a suposta importância que uns têm mais do que os outros. Acabando com uma suposta ideologização na administração pública. Estado é Estado, partido político é partido político. Mesmo dentro do partido, o MPLA, pelo que eu tenho entendido, vendo os estatutos desse partido, depois da caída no Muro de Berlim, prefere não se identificar com nenhuma ideologia.
Eu tenho a certeza que o MPLA não é menos democrático que aqueles que estão na oposição e vice-versa, o MPLA pode ser e é o mais corruptos que estes, só porque estes ainda não chegaram ao poder. Assim, essa ambição dos políticos de quererem se dar bem com a coisa pública combatem-se com leis e normas que devem ser cumpridas por todos e não com revoluções promiscuías: Sonho irreal de um savimbismo, além de morto, decadente, tribal e primitivo. Só o africano burro e de mentalidade tribal pode enxergar revoluções onde não existem. É uma santa ignorância acreditar que uma UNITA tem condições de promover revolução alguma e agitar as massas.
A UNITA e seus admiradores estrábicos não são nem se quer os excrementos de uma revolução de bananas, quanto mais a própria revolução.
Uma revolução também se faz com protagonismo cultural e isso não existe por aí.
Pasme a falta de cultura dessa gente! Aonde vocês estudaram, no Minho, no Porto, em Coimbra?