Luanda - Internautas na rede social facebook, criticaram a postura do Director do Jornal de Angola, José Ribeiro por voltar a usar as paginas daquele diário publico para desconsiderar/atacar personalidades angolanas que servem de exemplo a sociedade. Desta vez, o seu alvo foi o engenheiro Fernando Pacheco, que é uma das mais prestigiadas figuras da sociedade civil a quem Ribeiro atribui filiação partidaria ao Bloco Democratico.
Fonte: Club-k.net
Falta de nível leva DG atacar intelectuais
Sob capa de um inventado Adelino Evale, o director do Jornal fez passar um texto que cujo teor publicamos na integra. Desconhece-se as reservas que José Ribeiro tem contra Fernando Pacheco e que o levaram a enveredar por jogos baixos. Sabe-se que Ribeiro nunca iria permitir que alguém escrevesse texto da mesma natureza, JA, a respeito de Aldemiro da Conceição ou um outro servidor do regime do MPLA.
-->> Li a carta do leitor assinada pelo agrónomo Fernando Pacheco e mais uma vez verifico que esse senhor tem muitas máscaras que coloca ao sabor das suas conveniências. Umas vezes é coordenador do OPSA, outras vezes coloca-se ao abrigo da ADRA, outras ainda é agrónomo. Mas nunca é uma figura ligada a uma organização política que foi cilindrada nas últimas eleições. Mas por mais que se esconda, ele deve assumir que é próximo da extinta FpD e que agora é um dos gurus do Bloco Democrático.
Se ele tivesse a honestidade de assumir que a sua carta tem fins políticos, eu nem sequer ia perder tempo nem gastar espaço ao Jornal de Angola. Mas como ele não assume que a sua carta não é mais do que um aproveitamento político encapotado contra adversários reais ou imaginários, eu sou forçado a dar a minha opinião.
Pacheco invoca a Constituição da República para pedir a publicação do seu texto. O que ele quis, ainda que dissimuladamente, foi fazer passar para a opinião pública que o Jornal de Angola lhe recusou em algum momento a publicação das suas opiniões. Que eu saiba nunca aconteceu. É um truque baixo.
Reparei que o coordenador do OPSA fala de deslocados de guerra no município de Waku Kungo que não têm emprego nem terra para trabalhar. Ninguém de bom senso exige que o Projecto Aldeia Nova dê emprego e terras a deslocados. Se eles existem, têm que ser levados para as suas terras de origem. E lá sim, devem ter direito a terras para trabalhar e outros apoios indispensáveis à sua reinserção. Caso contrário, ficamos com gente a mais numas áreas e sem ninguém noutras. Espero que o dirigente da ADRA não defenda isso.
Fernando Pacheco diz que os quadros que trabalham para o Projecto Aldeia Nova estão desconfortáveis e desmotivados. Eu sou um desses quadros e estou cada vez mais motivado, exactamente porque existem muitas dificuldades que não nos permitem ficar confortáveis. Mas se Fernando Pacheco não está apenas a fazer intriga própria de quem pertence a um partido da oposição ansioso por se afirmar, sempre lhe digo que aqui só trabalha quem quer. Os que estão desmotivados podem sempre deixar-nos e ir trabalhar para os grandiosos projectos do engenheiro agrónomo Fernando Pacheco.
Lamento que o político do Bloco Democrático Fernando Pacheco não seja capaz de compreender o papel do Projecto Aldeia Nova. O coordenador do OPSA vê pouco para além do umbigo e por isso não consegue vislumbrar o papel do projecto. Fala em números como se a vida fossem apenas números. Ao fazê-lo resvala para um populismo perigoso. Tenho pena que um técnico que durante muitos anos foi responsável pela política agrícola do MPLA e alto quadro do Ministério da Agricultura hoje tenha do sector uma visão de quintal cercado de aduelas ou de lavra onde se enterram umas estacas de mandioca e depois se esperam os frutos a dormir no luando.
Quanto ao comboio do Golungo Alto, eu sou do tempo das "grazine" que saíam do Zenza em direcção ao destino sempre cheias de gente e suas bicuatas. Nunca a automotora andou para trás. Mas a vida de milhares de pessoas deu grandes passos atrás quando as "grazine" deixaram de circular.
Espero que o Projecto Aldeia Nova siga o seu caminho e cumpra o seu inestimável papel social e empresarial.
Adelino Evale| Waku Kungo