Luanda - O acto de apresentação das cartas credenciais do novo embaixador dos Estados Unidos pode estar mais retardado do que o inicialmente previsto. O mês de Fevereiro aproxima-se do fim sem que exista uma data provável.  Desde que foi designado em Setembro, McMullen não exerce funções com desempenho público oficial por não ter sido preenchido  aquele requisito formal.


*Alexandre Neto
Fonte: VOA

No final do ano passado fontes da embaixada  por nós contactadas davam como certa a realização deste ritual agora no princípio de 2011. Estas esperanças mantiveram-se intactas até ao princípio do mês que está praticamente a terminar. Mas o que se pode apurar neste momento, é que tal já não acontecerá. Oficialmente não foram avançadas as razões.

 

Uma funcionária da área do protocolo do Mirex, ministério das Relações Exteriores por nós ontem contactada que não se quis identificar, limitou-se a confirmar que nada constava da agenda.

 

Sobre a fixação de datas exactas é prática a comunicação ser feita através dos canais diplomáticos, com dois dias de antecedência.

 

A transferência para o mês de Março é uma possibilidade, mas pode configurar quebra de tradição dos meses, normalmente Fevereiro ou Outubro, segundo observadores.

 

Funcionários da embaixada não se mostraram interessados em abordar o assunto e  minimizaram o facto, limitando-se a exteriorizar confiança e também optimismo em relação a realização do acto num futuro breve. Por outro lado salientaram  não tratar-se apenas do embaixador dos Estados Unidos adiantando que existem outros embaixadores, cujos países não identificaram que  vivem a mesma situação.

 

Christopher McMullen, foi confirmado no cargo em Setembro, pelo Senado e substitui Dan Mozena. Desde o ano passado a embaixada está a ser dirigida pelo encarregado de negócios, David Broks.

 

Este processo de acreditação é seguido com interesse devido  ameaças de retaliação contra os Estados Unidos, vindas de sectores de opinião, na sequência do encerramento das contas bancárias da embaixada de Angola no país do norte da América, ainda que tais ameaças não tenham sido oficialmente assumidas pelas autoridades locais.

 

A acreditação de embaixadores em Angola registou no passado um acontecimento idêntico quando por volta de 2006/7 Francis Blondet da França ficou a espera quase 1 ano, devido ao ensombrado relacionamento entre Luanda e Paris por causa de Pierre Falcone.

 

Esta é uma situação que Filomeno Vieira Lopes diz não ter paralelo, pelo excelente momento das relações entre os dois países.