Luanda - Remanesci como um excelente telespectador durante o grande momento de tensão política registada, ou ainda se regista, no país, em particular em Luanda onde se encontram 94 por cento, das instituições do Estado, quando - por brincadeira de bom gosto - um 'miudinho' atrevido decidiu convocar, através da Internet, milhares de angolanos a saírem às ruas, no passado dia 7 do corrente mês, a fim de protestar, energicamente, contra a má governação, e contra os 31 anos de José Eduardo dos Santos, no poder, tal igualzinho que se regista no norte do continente negro.


Fonte: Club-k.net


Tal brincadeira de 'excelente' gosto obrigou alguns políticos medíocres da praça - Dino Matross, Rui FalCÃO, Bento Bento e Virgílio Fontes Pereira, todos 'empelistas' - à soltarem publicamente ???????, para ameaçar os que ousarem aquiescer a manifestação, mas nem isso serviu.


E por ironia eram constantemente vaiados pelos milhares toda vez que vinha ao público para se ridicularizar, porque um dos objectivos dos manifestantes era obrigar os tipos a implorar a não realização do mesmo.

 

O poder do 'munjimbu' era tão forte que obrigou o Presidente da República, também do MPLA, a convocar - de emergência - uma reunião com todos os membros do Bureau Político do seu partido, para avaliarem rapidamente a situação política do país e omitir, através dos meios de comunicação social estatal, um comunicado que mendigava os manifestantes a não pôr em curso o artigo 47 da Constituição angolana, para não estragarem os seus planos.

 

Pois, dizia eles num dos parágrafos: "... tudo faremos para atingir os objectivos preconizados no Programa de Governação que submetemos a veredicto popular nas últimas eleições legislativas, porém, só a paz, a estabilidade e a ordem podem assegurar a tranquilidade necessária para que se atinjam as metas preconizadas". Acrescentando, já em off, "por favor, não nos tirem no poder, não vamos mais roubar o vosso dinheiro".

 

A piada era tão grande que a maior parte dos manifestantes, no dia 7, decidiram acatar - de um coro - o pedido dos 'kotas', só por uma questão de respeito, assim decidiram não sair todos pelas ruas, mas aguardando pacificamente para a próxima convocatória. Também porque, alguns 'empelistas' estavam já a cair do cu só de imaginar perder o poder e as suas 'mufunfas'.

 

Tal como diz o velho adágio popular "tudo que vem de cima cai", assim se viu a maior parte dos saqueadores do MPLA que, a mais de 30 anos, enganam o povo. Em contrapartida, depois analisarem todas as suas artimanhas maquiavélicas, decidiram atribuir o referido acto a UNITA que ironicamente estava se marimbando da ideia dos manifestantes.

 

"A UNITA quer voltar a fazer guerra!", diziam os charlatães - com 'cérebros do tamanho de njingubas' - Bento Bento, Rui Falcão, Dino Matross e outros. Estes atrasados esqueceram que, no mundo real, só se faz guerra quando as duas partes têm armas. E todos angolanos sabem muitíssimo bem que, após os acordos de 4 de Abril de 2002, a UNITA foi obrigado a entregar as suas armas ao Governo.

 

De facto, a linguagem de guerra utilizada pelo MPLA não surtiu o impacto que merecia, porque afinal o povo - embora tardiamente - apercebeu que a guerra é coisa do passado. Pois, hoje os angolanos só querem um partido que resolva as suas condições básicas como por exemplo: ter uma torneira que lhe jorra água potável 24 horas dia; ter energia eléctrica para vender os seus gelados de múkua, gelo, cervejas, gasosas, etc., só para as panelas não ficarem greve; ter um carrito (de ocasião) que lhe transporta de lado para outro. Já os jovens agora só pensam em ter uma boa formação profissional, etc.. Praticamente já ninguém quer se stressar por causas da política. Porque afinal o povo está cansado de viver na miséria.


Contudo, valeu a brincadeira porque agora os angolanos já sabem onde atacar - de agora em diante - quando os 'empelistas' decidirem, novamente, brincar e abusar da paciência das suas santas paciências. Mas, lembrem-se que isso é o princípio do fim das vossas brincadeiras de mau gosto, porque afinal a paciência tem limite. Até lá, os milhares vão permanecer, friamente, em suas casas a espera que cometem mais um erro miúdo para saírem e, desta vez, pode não ser um simples 'jajão de mestre'.