Luanda - À Propósito do Diálogo democrático e inclusivo para a solução dos cíclicos problemas políticos, sociais e económicos com que Angola actualmente se depara, fiquei triste, e, quiçá estupefacto, quando um amigo meu, colega na Universidade nos anos 70 e 80, afecto ao Bureau político do MPLA com funções de I secretário do Partido em uma das três províncias do Sul de Angola, quis enviar-me um MSN onde se podia ler: «Dr., os espaços de diálogo estão plasmados na Constituição e na lei ordinária e o teu partido tem sabido aproveitar (...). A nível nacional, AN, o Conselho da Rep. e o Conselho de concertação Social.
Fonte: Club-k.netA Nível local, existe o concelho de concertação social (...)».
Confesso, não fiquei nada surpreso...
O MPLA não muda, mesmo! Parou no tempo. Fala em diálogo plasmado na "LEI", cuja metodologia do debate todos o sabemos, assenta em postulados antidemocráticos.
A Lei por exemplo, não confere ao governador, poderes para proibir manifestações...
Se há assim, tanto diálogo entre irmãos da mesma terra, em Angola como se justifica em sociedade que se diz ser democrática e de Direito haver tantos presos políticos?
Outrossim, porque o I secretário e governador do Huambo, tem estado a ordenar aos sobas. Regedores e sekulu, o cercear das Liberdades e de Actividades Políticas dos órgãos de base da UNITA?
Como se Justifica os inúmeros julgamentos e condenações com motivação política de políticos, jornalistas e sindicalistas em Angola?
Porque que é que, o regime MPLA é alérgico às manifestações?
Em Democracia é mister ordenar às forças de ordem pública, de defesa e segurança para se reprimir o povo e defender um punhado de pessoas que ostentam riquezas ilícitas e incomensuráveis roubadas ao povo?
Qual é afinal, o conceito que o MPLA tem de Sociedade Democrática?
Existe Democracia sem Diálogo?
Eis pois o debate!

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