Lisboa - Até ao momento (Terça- feira, 20h de Angola) as autoridades angolanas não reagiram quanto a notificação da comunicação feita por um grupo de jovens que pretende realizar a manifestação, marcada para o dia 2 de Abril, para exigir a liberdade de expressão em Angola.
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Fonte: Club-k.net
Suspeito de pretender aliciar os jovens
Por outro lado, o Governador provincial de Luanda, José Maria dos Santos, ao invés de notificar a recepção da carta, convocou os jovens signatários da correspondência, para um encontro, em privado, a ter lugar esta Quarta feira (31), no seu gabinete.
São desconhecidas as pretensões exactas do governador provincial, porém, há suspeitas que pretende aliciar ou convencer os jovens a não realizarem a pretendida manifestação pacifica a ter lugar as 13h no largo da Independência em Luanda.
Antecedentes das reuniões "em privado" com os membros do MPLA
- Em 2009, ano em que o MPLA se preparava para realizar o seu congresso, a União de Tendências do MPLA ameaçou avançar com o seu candidato. Um alto dirigente do partido no poder em Luanda, Fragata de Morais, convocou um grupo de membros desta facção do MPLA para um “encontro privado” que teve lugar na sede do partido no poder na capital do país, a 15 de Maio do mesmo ano. Diante dos mesmos, Fragata de Morais, disse, aos seus intelecutores que estava a falar com eles como “amigos” e não como Secretario provincial do MPLA para informação. Aconselhou o grupo da UT-MPLA, a não falarem mais aos jornais e a fazerem a sua luta dentro dos comitês do partido e não “na rua”. Dia seguinte, este dirigente do MPLA, falou a radio Eclesia desvalorizando a existência desta facção interna, liderada pelo conhecido General na Reserva, Silva Mateus. Fragata de Morais, negou que os membros da “UT-MPLA” eram militantes do partido argumentado-se com base nos estatutos partidários.
- Há quatro anos atrás, antes da realização do congresso da UNITA, um dos candidatos, Abel chivukuvuku havia se cruzado com o dirigente do MPLA, Kwata Kanawa. Dias depois o partido do regime pos a circular informação nos jornais insinuando que Chivukuvuku foi pedir patrocínio ao MPLA para disputar a liderança da UNITA com o seu adversário, Isaias Samakuva.
É com base neste antecedente decorrente de praticas do regime angolano que se receia que caso os jovens forem ao encontro "privado" com o governador de Luanda, o regime poderá depois dizer que eles foram la confessarar que foram usados pelos “inimigos da paz” e que já não vão realizar a manifestação porque “estão arrependidos” ou mesmo dirá que os jovens foram ao seu gabinete pedir dinheiro ao MPLA em troca da abortagem da manifestação.
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