Luanda - O jornalista Reginaldo Silva defendeu hoje, em Luanda, que as entidades oficiais, públicas ou privadas que se recusam a colaborar, por qualquer motivo, na prestação de informações de interesse público aos jornalistas, quando solicitados, deve merecer alguma consequência nos termos legais.
Fonte: Angop
Reginaldo Silva teceu esta posição à imprensa, depois de abordar o tema “Acesso às fontes de informação e jornalismo em Angola” na conferência nacional sobre “ Direitos à Informação e medias comunitários”, promovido pela Fundação Open Society, de hoje ate quinta-feira.
O jornalista questiona, assim, o facto de a lei de imprensa dizer que as fontes oficiais, públicas ou privadas terem o dever de colaborar e de prestar informação aos jornalistas, mas não acarretar esta exigência qualquer sanção pelo não acatamento deste dever, havendo, deste modo, uma omissão.
“Esta questão levanta alguma preocupação, porque os jornalistas, muitas vezes, quando tem problemas com a Justiça, acusados de sensacionalistas e de outros comportamentos menos éticos, são punidos, mas a verdade é que os jornalistas fazem algum esforço para contactar as fontes e as vezes não obtém qualquer colaboração”, asseverou.
Ainda acho, disse, que a lei devia ser mais precisa no sentido de exigir que as fontes oficiais colaborassem com a comunicação social no sentido de prestarem a informação de interesse público.
Logo, sublinha que uma vez que a lei é omissão, esta questão em análise deve ser vista em próxima legislação de imprensa.
As entidades oficiais, indicou, não são só as governamentais como também as igrejas, ongs, associações, clubes desportivas e outras que têm responsabilidades públicas.
Participam da conferência nacional sobre “ Direito à Informação e medias comunitários”, entre outros profissionais, jornalistas, lideres de ongs, políticos e estudantes.