Luanda - Em Angola "vive-se uma democracia com medo", disse o "rapper" angolano Mona Dya Kidi, um dos organizadores da manifestação que está marcada para este sábado, para o Largo da Independência, em Luanda.


Fonte: Jornal de Noticias

"(Angola) É uma democracia exercida com medo. A prova disso é que só tivemos 17 pessoas no dia 7. Num país democrático, que tem milhões de problemas, aparecerem 17 pessoas é óbvio que alguma coisa não está bem", disse Mona Dya Kidi, em entrevista à Agência Lusa.


O músico referia-se à manifestação convocada anonimamente para o passado dia 7 de Março e que levou apenas 17 pessoas e jornalistas ao Largo da Independência. A polícia presente no local deteve-os todos por algumas horas.


"Ou todo o mundo está bem, economicamente, socialmente, ou há outra coisa por detrás. Então a democracia é exercida com medo. Um ou outro mostra a cara e que depois acaba por ser censurado, tal como nós fomos, detidos por exercer o direito à democracia", acrescentou o "rapper", de 24 anos, nascido em Luanda e que se afirma "músico de intervenção social".


Mona Dya Kidi ou "Filho da Verdade", como se auto-descreveu na sua página no "Facebook" diz que desta vez a manifestação, convocada para defender a liberdade de expressão, deverá correr melhor.