Londres –   Uma corrente de gestores portugueses ao serviço de uma  notabilizada empresa de consultoria, SINFIC que opera a vários anos em Angola é acusada de procedimentos discriminatórios  contra   técnicos angolanos que fazem parte da mesma. O ambiente de discriminação é seguido de comentários segundo aos quais “Os portugueses auferem salários superiores a USD 2000 e com ajuda de custo   acrescentado a outros  privilégios que os angolanos não gozam. (Direito a refeições, telefone , placa de internet, e etc).


Fonte: Club-k.net

Empresa que presta consultoria ao regime

Nos  comentários tecidos  contra os gestores português da SINFIC são levantadas criticas segundo as quais  não deixam crescer os técnicos angolanos ou que criam artifícios que levam ao seu desencorajamento resultando em auto demissão ou afastamento.


Nos últimos meses dois  jovens funcionários angolanos (Irina e  Vladir) foram despedidos de forma considerada injusta. No caso do último   foi solicitado a digitalizar a cartografia de uma província, em uma semana, e em resposta terá dito   aos seus superiores que  “era impossível”. A  reacção de Vladir  foi entendida como “atitude revolucionaria”   resultando em uma discreta penalização (retirada de competências.)


Em outras circunstancias, Vladir   teria reivindicado aumento   de salário em função de se ter licenciado, porém, um  administrador Fernando Santos  disse-lhe que se quisesse deveria seguir para  trabalhar na sucursal da SINFIC do Lubango sob alegação de  não haver mais espaço em Luanda. Após a recusa, acabaram por lhe retirar o trabalho tendo de seguida sido afastado sob pressão de um responsável brasileiro  Eduardo Hoffmann  que responde pela unidade de cartografia.


O brasileiro Eduardo Hoffamann que é  identificado pelas suas reservas aos nacionais é  um gestor que apesar de não possuir formação superior goza dos privilégios  semelhantes  ao dos gestores portugueses. Atribuem-lhe a fuga de quadros licenciados nos últimos meses ao qual  substitui  por amigos  brasileiros.


Certa vez,  foram enviados quadros para formação na África do Sul, porém, a  inclusão ou escolha de 11 técnicos angolanos só  foi possivel,  em função da gestora de unidade, Ruth Saraiva descrita internamente como “justa”.  É lhe reconhecida certa autonomia e liberdade de decisão.



A SINFIC tem um conselho de administração presidido por Fernando Santos, José Luís Pereira e um administrador  Alexandre Nobre, todos eles portugueses. Faz ainda parte do conselho, António Carvalho “Tozé”, que esta a representar  a parte dos acionistas  angolanos (Grupo de generais com realce a Kundi Paihama). Embora seja o único angolano no conselho,   António Carvalho é referenciado pela atitude dúbia e de pouco fazer pelos seus compatriotas.


Dos  quadros intermédios,  o mais próximo que esta da administração  é Alfredo Carima (43), consultor comercial  oriundo do gabinete de Fernando dos Santos “Nandó” /Kassoma e da FINTCH, empresa  ligada ao ramo da informática de que  foi director comercial.  Tem a reputação de "muito competente". A dada altura, reportava a um superior identificado por Figueiredo, da unidade de gestão administrativa.  Em ocasiões,  a si desfavoráveis teria  sido alvo de uma surda hostilização consubstanciada na retirada de uma viatura dada pela empresa.  Esteve baseado num gabinete na Avenida de Portugal, tendo sido depois  acolhido na sede central onde  funciona como consultor junto ao conselho de administração. Passa por ser o elo  de ligação com o gabinete presidencial ao qual prestam trabalho.



A Sinfic S.A., é na sua definição uma   empresa internacional privada que actua na área de Sistemas e Tecnologias de Informação desde 1990 em Angola e Portugal e desde 1999 em Moçambique. Tem  representação nas 18 províncias de Angola. Presta consultoria a Sonangol e a vários governos províncias de Angola.  Um dos  maiores projectos realizados pela empresa foi o recenseamento e a gestão de todo o processo eleitoral, fruto do contrato que fez com o Ministério da Administração do Território.