Cabinda - O executivo do governador provincial de Cabinda, Mawete João Baptista prendeu três jovens activistas dos Direitos Humanos  por terem hasteado, na via pública,  cartazes exigindo negociações de paz com todas as “forças vivas” do enclave angolano.


Fonte: Club-k.net

Alega  que marcha tem objectivos contrários à lei

Os jovens exibiam os cartazes quando tentavam realizar uma manifestação que fora proibida pelo governo local. Na altura o governo  provincial afirmou c que o pedido de realização da marcha tem objectivos contrários à lei, à ordem e à tranquilidade pública e que  viola substancialmente a lei das manifestações.

 

Em resposta os organizadores da manifestação disseram que não careciam  de autorização e que a marcha iria  realizar-se conforme planeado.  Os organizadores endereçaram  inclusive  uma carta ao Tribunal Provincial de Cabinda manifestando a sua indignação perante a decisão do governo local.

 

Os referidos activistas, nomeadamente, João Pedro Mavungo (Professor), Bartolomeu Kalfon Pedro e André Chocolate foram detidos ontem, cerca das 14:30, quando distribuiam panfletos com os dizeres: "PAZ EFECTIVA COM DIÁLOGO, COM TODAS AS PARTES" e "HAJA VONTADE POLÍTICA DA PARTE DO GOVERNO PARA FAZER A PAZ".

 

As detenções foram ordenadas pelo Director Provincial da DPIC de Cabinda, Sr. Oliveira, o mesmo que tinha feito acusões para a prisão de Luemba e Raúl Tati.


No domingo quandot eram, 10.04, o enclave acordou completamente bloqueada pela polícia; todos os caminhos que davam para o Largo 1º de Maio estava enfestado com o efectivo desta corporação.

 

A manifestação convocada por jovens, entre eles Júlio Nascimento Paulo, tinha como ponto de partida LARGO 1º DE MAIO e chegada o CINE CHILOANGO, percurso no qual a polícia impediu que cidadãos tirassem fotografias, havendo a própria polícia fotogrado tudo e todos, matrícula de carros incluídas.