Brasil -  Lemos com espanto uma “bela” crítica sobre a música angolana. Espanto porque não recordo, desde que me conheço como gente, ter lido um trabalho critico sobre a música angolana.   Além de falta de sorte minha, isso também se deve aos  quase inexistentes trabalhos nesta área, muito menos no Jornal de Angola, que  tem agora sua função bem direcionada. O autor daquele trabalho está de parabéns pela iniciativa, ainda, que muito mal iniciada, dirigida  e de propósito bufônico. E como gostam de dizer os visitantes anônimos do club-k: bajulador!


Fonte: blogdonelodecarvalho.blogspot.com


“Gênio” da música angolana, “revolucionário” e, é herdeiro

de um talento musical respeitável


Bela critica, sim, mas pela sua originalidade; a beleza de tal trabalho está no pioneirismo e na iniciativa, não necessariamente na qualidade. A qualidade do produto é o resultado do surgimento de uma espécie de  seres  viventes que emergiram  num ecossistema onde a vida daquelas espécies existem em conflito com o que elas reproduzem para assim poderem serem  consideradas:  seres da mesma espécie. O autor da obra, sendo membro dessa espécie, é um produto desta reprodução, o resultado de um cruzamento  que gera descendentes férteis.



Dentro daquele sistema, a matéria orgânica essencial que ajuda a manter aquele ecossistema é a corrupção, que tem como irmã-prima a bajulação e o produto daquele cruzamento é o bajulador. O ecossistema é o Ministério de Comunicação Social, MCS, e todas as suas redes de informação e comunicação.



“Deus” fez o Mundo, o Universo, o Sistema Solar, a Terra, os diferentes ecossistemas entre eles o MCS, e por que não criar a música Angolana? Antes dele ninguém existia, ninguém recebeu tal reverência, nem mesmo por criar a música angolana; antes desse ser bajulado a torto e a direta ninguém revolucionou a música Angolana. E o melhor de tudo, agora se descobriu que deus cruzou a música angolana com o Jazz. Tidos por uns como uma revolução!



Falando em revolução, o nosso Grande Coréon Dú, que agora também é “revolucionário”,  não sei se chegará a altura do pai – vamos rezar para que isso não aconteça-, recebeu elogios eufóricos da Ministra  do MCS, mesmo antes daquele lançar o seu disco desconhecido  no mercado angolano ou em qualquer outro mercado. Em contraste, os fundadores do Club-k, que nos últimos anos provocaram uma verdadeira revolução na mídia angolana, são considerados  baderneiros, confusionistas, invejosos;  e, quanto mais, até são perseguidos, tidos como os fora da lei pelo governo que o pai  do nosso atual músico dirige. Aquele “gênio” da música angolana, além de ser elogiado pelo meio de comunicação angolano mais popular e público por lei, o Jornal de Angola,  já recebeu reconhecimento do atual governo angolano. Afinal –deduz-se-, que  Ministros, quando fazem declarações públicas, acreditasse que falam em nome do governo. É a prática escancarada, descarada e sem vergonha do tráfico de influência para ajudar a formar uma opinião de algo que não existe e se pretende elevar a um patamar que em condições normal mortal nenhum conseguiria. Isso é condenável, processável diante da justiça; isso é –simplesmente- bandidismo, corrupção escancarada e sem limite! É a prova da corrupção, aí está, para quem quiser acusar o Governo angolano de corrupto e uma quadrilha de bandidos que já perdeu a noção de saber distinguir do que é crime e o que não é.



Diante daquela  crítica sobre a música angolana, nunca a imparcialidade foi tão ofendida; nunca a historia da música angolana foi tão desprezada e confundida com aquilo que nunca se criou, não existe, e se vir a existir, não se sabe em verdade qual será o seu destino. O autor daquela obra crítica fantasiou a existência de um êxito que mal nasceu; fantasiou a existência de um talento que mal existe;  e, o pior, falsificou, historicamente, um passado que nunca existiu.



Dizer que o nosso “revolucionário” é herdeiro de um talento musical respeitável  constitui uma cegueira e uma ignorância terrível  ofuscadas pelos atos de uma babá que não encontra medidas para agradar o principezinho mimado. Chega a ser confuso essa referência de herança quando não conhecemos as pequenas ou as grandes obras musicais do de “cujus”; ou seja, o patrimônio  deixado pelo ascendente ao descendente, que,  no mínimo,  seria uma prova da verdadeira herança genética  daquele a este.



Gostar de música?!  Não conheço ser  humano nenhum na fase da terra que não goste de música – pode até existir, mas é uma exceção uma anomalia. A  amar a música!?  É quase um Don natural e involuntário que nenhum ser humano até hoje esteve livre desta capacidade. E isto como aquilo não pode ser confundido com criação musical, muito menos, conviver  com músicos, fazer-se amigos deles,  deve ser confundido por criação.



E tem mais, não há nada que prove que músicos geniais, ou não, produzem descendentes geniais  nesta ou em qualquer outra área. No nosso caso o ascendente, o Presidente da República, pelo que sabemos da trajetória dele nem chegou a ser músico. O amadorismo do mesmo só se revela hoje pelo próprio costume e a cultura fanfarrônica que caracteriza o ser angolano. O atual Presidente de Angola nunca foi músico! Provem se puder  que estamos equivocados!



E,  ainda, escrevemos um artigo, tentando provar sua ignorância diante da cultura angolana. Quem verdadeiramente ama e amasse a música angolana lhe ficaria difícil esquecer num discurso para a nação inteira como presidente da república um dos refrãos de um dos poemas mais popular da nossa cultura nacional. Escrito por  Antônio Jacinto, um dos nossos poetas mais conhecido à nível nacional, ver “Peixe  Podre,  Peixe Seco ou Falta de Cultura de Quem nos Dirige”, no blog deste autor.



Para sanar aquela dúvida, do discursante,  de que se é “Peixe Podre ou Seco”, era só consultar qualquer livro do poeta em qualquer biblioteca em Luanda ou a biblioteca que o Presidente deve ter ou deveria ter lá no Palácio Presidencial. 



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Nelo de Carvalho

 

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