Lisboa - Dirigentes do Secretariado Nacional da JMPLA, observam indignação com a onda de reclamações de uma suposta crise de gestão/liderança no Conselho Nacional da Juventude (CNJ), consubstanciada em acusações por parte dos associados que acusam o mandato do seu presidente Cláudio Brito Aguiar (no centro da foto) de "praticas indecorosas".
Fonte: Club-k.net
Ofereceram viaturas do CNJ as namoradas
O Pensamento que fazem transparecer, é o de que a direcção da JMPLA deve alertar ao presidente do CNJ de que tais praticas que lhe são atribuídas podem criar embaraços para a imagem da juventude do partido no poder, onde o mesmo tem acento no Secretariado Nacional.
Das queixas que recaem contra a gestão de Cláudio Aguiar realçam que “o seu grupo, faz do CNJ como se fosse uma quinta da mãe Joana apropriando-se dos bens da organização para proveito próprio.” Apontam como sustento; os seguintes factos a saber:
- Apropriação indevida do patrimônio da instituição. Isto é: Após o termino do CAN - ORANGE ANGOLA, o Ministério da Juventude e Desporto, atribuiu duas viaturas, de marca Kia Picanto, para o CNJ, em reconhecimento da sua boa prestação na preparação de um grupo de voluntários para o CAN. O Vice-Presidente do CNJ, Kikas Machado (o primeiro na foto) é citado como tendo se apoderado de uma das viaturas ao qual ofereceu a sua esposa alegando que a mesma precisava de carro.
- A segunda viatura ficou com um assessor da direcção do CNJ, Massangano Domingos, internamente conhecido como a figura que na pratica tem mais poderes que muitos Secretários Nacionais que funcionam nesta instituição.
Para obtenção das viaturas, os dois dirigentes juvenis, segundo as acusações, terão simulado que as mesmas estavam avariadas. Porém, os seus críticos alegam que tanto Kikas Machado como Massangano Domingos não tem necessidade de enveredar por estas praticas visto que beneficiaram de viaturas, em 2008. O primeiro recebeu um Toyota Hilux novo e o outro um Rave 4 de ocasião.
Cláudio Aguiar, o líder do CNJ viu a sua imagem dilacerada e movida de criticas por não ter reagido contra o comportamento dos dois elementos apontados como de sua extrema confiança.
Fundado a 4 de Outubro de 1991, o Conselho Nacional da Juventude( CNJ) é uma espécie de plataforma juvenil que congrega cerca de 38 organizações de varias índoles, políticas, religiosas, ambientais, estudantis e etc. Embora tenha um direcção directiva, o “modus operandi” do CNJ é considerado de “poder centralizado” unicamente nas mãos de Cláudio Aguiar e do seu Secretario Geral, Domingos Graça em detrimento do 1º Vice- Presidente Kikas Machado ou do 2º Vice-Presidente, Zuline Bumba.
O SG do CNJ, Domingos Graça é descrito como o “manobrador” de toda maquina administrativa. Internamente alegam que são “os dois" dos maiores beneficiários dos dinheiros e de outras regalias do Conselho.”. Ambos são acusados de exercerem uma gestão caracterizada pela ausência ou falta de cultura de prestação de contas.
Por outro lado, isto é por parte das organizações consideradas como “as da oposição” filiadas nesta instituição, são conhecidas criticas segundo as quais o “CNJ está inerte”. Estas organizações sentem-se discriminadas em detrimento da JMPLA e circula no seio das mesmas informações segundo as quais estão dispostas a preparar uma Assembléia Extraordinária para destituir a actual direcção que caracterizam por “corrupta” e “insensível face aos problemas que as organizações e os seus associados padecem”.
As criticas quanto a política de discriminação feitas ao CNJ pelas organizações “da oposição” coincidem com uma recente acusação do Secretario Geral da Juventude da UNITA, Mfuka Muzemba alegando que “o CNJ está a ser constantemente instrumentalizado pela Juventude do MPLA”. Tais acusações são consideradas pela ala da JMPLA como “acções que Claudio Brito pode evitar”.
O Conselho Nacional da Juventude (CNJ) teve como seu responsável máximo após a sua fundação, Afonso Ngonda, hoje convertido em alto dirigente do Ministério da Juventude e Desporto. Passaram também como Presidentes; Job Capapinha, Álvaro de Boavida, Paulo Pombolo (Governador do Uige) , Reis Cuanga. De todos que por ai passaram, o actual Presidente, Claudio de Brito Aguiar, é o que ficou com um mandato marcado por criticas contra a política de “compadrio”. O mesmo é oriundo da Juventude Ecológica de Angola (JEA), uma organização cívica “amiga” do MPLA.