Luanda - O novo método de prospecção geológica de quimberlitos apresentado, em Luanda, vai permitir à Empresa Nacional de Diamantes, Endiama, fazer um novo investimento nas minas falidas, na expectativa de encontrar reservas economicamente viáveis, disse o presidente do Conselho de Administração da empresa, Carlos Sumbula.
 

Fonte: Angop
 

Trata-se de um método que pretendemos adoptar para fazermos a prospecção de novos quimberlitos, disse Carlos Sumbula no final da palestra de apresentação pela empresa ALROSA, dos Novos métodos de  prospecção geológica de quimberlitos.
 

“Com este novo método, vamos conseguir fazer um novo investimento nas minas falidas para ver se conseguimos encontrar reservas economicamente viáveis”, realçou o PCA da Endiama.
 

“O dado mais importante é que o diamante tem características diferentes, ou seja, estas características mudam de mina para mina e como o diamante aluvionar sai de quimberlitos, nós vamos usar essa caracterização para pudermos saber se os aluviões existentes correspondem a quimberlitos conhecidos”, disse.
 

“Se os aluviões existentes não corresponderem a quimberlitos conhecidos, então temos a possibilidade de encontrar novos e aí iremos à procura", afirmou.
 

Por outro lado, explicou, que o novo método permite igualmente prospectar aluviões, adiantando que, a cerca de um ano, a Endiama considerou a existência de minas paralisadas, mas depois de feito o diagnóstico, constatou-se que se tratavam de minas falidas.
 

Em relação aos custos de prospecção com a utilização do novo método, Carlos Sumbula referiu que, o que está em causa não é a minimização dos custos, mas a identificação de novas reservas, sejam elas, quimberliticas ou aluvionares.
 

Portanto, disse, o método vai nos permitir descobrir novos quimberlitos partindo dos conhecimento do diamante aluvionar.
 

Para isso, disse, a Endiama conta com serviços da empresa Alrosa e de outras convidadas, como israelitas e sul-africanas que já se encontram no país para fazer o trabalho de pesquisa.
 

Informou que a empresa que dirige, durante o ano de 2010 fez um grande esforço para poder melhorar o preço do diamante através da execução de uma estratégia de stocks.
 

"O preço do diamante melhorou e agora passamos para outra fase que consiste em buscar novos investidores para prospectar novas áreas com objectivo de identificarmos novas reservas economicamente viáveis”, frisou.
 

"Quando o preço do diamante estava baixo este trabalho não era possível”, sublinhou.

Informou que desde 2010 até ao momento, 14 novas concessões concedidas estão a ser prospectadas.
 

Quanto à possível entrada da Sonangol no projecto Catoca, o PCA da Endiama referiu que seria um grande privilégio, pois a distribuidora angolana é uma empresa de grande gabarito, adiantando que “estamos a torcer para que esta notícia seja uma realidade”.
 

Por outro lado, o vice-presidente da empresa Alrosa, Sergey Pushkin, referiu que um dos principais objectivos do encontro era apresentar a Endiama o novo método de prospecção geológica de quimberlitos.
 

“Caso nós tenhamos sucesso nesta apresentação, o passo seguinte será a formulação das nossas relações com a Endiama. Nós estamos prontos e preparados para iniciar de imediato estas negociações”, afirmou.
 

Em termos de custos, disse, nesta etapa inicial apenas será feita a recolha de uma amostra representativa dos diamantes que, por serem muito pequenos terão um custo relativamente baixo.
 

Entretanto, informou ”estamos ainda longe das negociações concretas a este respeito. Posso dizer que o valor das amostras não vai ser grande”.
 

Explicou que o novo método é um complemento muito importante de outras metodologias já existentes no campo de estudo de diamantes.
 

Durante a apresentação a empresa Alrosa fez menção aos estudos das características físicas do diamante, mineralógico, a sua estrutura cristalina, bem como aos métodos de ensaio e perfuração como os mais simples para se encontrar os quimberlitos.