Lisboa -  São ainda dadas como desconhecidas as  motivações exactas que levou  um grupo de populares “insatisfeitos”, barrarem, os dois sentidos, da estrada do palanca que liga a loja da Shoprite e o Sanatório  quando eram 12h30 desta Quinta-feira.

 

Fonte: Club-k.net

Alegam ser   contra “os corruptos e gatunos”

Os revoltosos  que municiaram a barricada  com  pneus incendiados na estrada do Palanca   provocaram   um alarido de fogo crescente  que  resultou em   feridos considerados “graves”. Em conseqüência, da revolta, o  transito ficou paralisado  e o comando da policia teve de enviar ao terreno cerca de  200 agentes  acompanhados do corpo de bombeiros para controlar a situação.

 

Enquanto  decorria a barricada,   era notável ouvir  os manifestantes gritarem em tom alto que “estamos  cansados do nível de vida que temos”  bem como reivindicações em torno das desigualdades sócias existentes em Luanda, tais como  “estamos cansados dos gatunos, corruptos, bandidos”, eram os gritos mais sonantes que se ouvia, segundo o repórter do Club-K, no terreno.

 


Algumas pessoas que estavam de passagem ao local telefonaram para a Radio Luanda, dando conta do assunto,  porém, não se sabe porque que a revolta popular “contra os gatunos e corruptos”, realizada no  palanca, não foi ainda objecto de noticia por parte dos órgãos de comunicação social do governo.

 

Em reacção, ao que aconteceu, um observador, no terreno que cuja identidade se reserva ao anonimato,  concluiu que nunca nos últimos tempos notou-se  o crescente descontentamento do povo em relação ao poder político. A fonte deu  exemplo dos bairros, praças, bares e  escolas que segundo o mesmo  “nunca falou-se tão  mal do executivo como se vê agora”.

 

“Também é   verdade que nunca tivemos mergulhados na pobreza que estamos nestes últimos três anos, nem mesmo quando tivemos em guerra” portanto, segundo o interlocutor “Esta barricada que ainda falta apurar as causas originarias só  vem mostrar que tarde ou cedo o verniz em Angola vai estalar”.

 

“Chegará  o dia  em que o povo vai dizer basta, e não nos esqueçamos que a voz do povo è a voz de DEUS” avisou.

 

*Foto fictícia/ arquivo