Huíla - "A riqueza é para todos","Respeitem os nossos direitos","Queremos justiça": foram estas,entre outras as palavras de ordem que se fizeram ouvir,no sábado, na manifestação dos antigos combatentes, convocada para a cidade do Lubango.


Fonte: VOA


A marcha, que tinha como destino terminar onde tinha começado, ou seja, defronte a Direcção Provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, durou apenas até chegar a polícia de intervenção rápida, vulgo anti-motim.

 

Abortada a marcha, depois de ter andado importante percurso, alguns elementos líderes dos manifestantes foram levados por instantes ao comando municipal da polícia para prestar depoimentos.

 

Nunes Manuel,do Fórum Independente dos Desmobilizados de Guerra de Angola, FIDEGA, critica a acção da polícia como sinal revelador do desconhecimento desta sobre o direito de reunião e manifestação. Disse ele:“O referido impedimento da marcha chegar ao fim é responsabilidade do FIDEGA. Deveu-se às forças policiais pela sua actividade negativa baseada no desconhecimento dos critérios de manifestação nos termos da lei.”

 

Enquanto não forem pagas as pensões em atraso e o décimo terceiro mês de Dezembro passado, os antigos combatentes prometem volta às ruas em sinal de protesto.A próxima marcha já tem data marcada:“A acção reivindicativa vai desenvolver-se prevendo-se já a terceira manifestação e, caso não haja justificação, em 4 de Junho de 2011, pelas mesmas razões bem como pelo apelo à aplicação da nova tabela de pensões que possa valorizar e dignificar o os antigos combatentes contra os dez mil Kwanzas de pensão actual.”

 

Coincidência ou não, a 4 de Junho está aprazado mais um protesto de rua, coincidindo com a reunião do Comité Executivo, no âmbito da vigésima nona plenária do Fórum Parlamentar da SADC, que o Lubango acolhe na primeira quinzena do referido mês.