Luanda - A manifestação levada a cabo no dia 25 de Maio, no Largo da Independência, em Luanda, por um grupo de jovens angolanos, reveste-se de uma “atitude criminosa”, refere o governo da capital angolana.


Fonte: Angop


Durante uma conferência de imprensa, o director do Gabinete Jurídico do Governo Provincial de Luanda, Carlos Alberto Cavuquila (na foto), referiu que o facto da manifestação possuir cunho desordeiro e dar azo ao vandalismo retira automaticamente a legalidade da acção.



“Estamos perante uma acção totalmente criminosa. Enquanto as manifestações tiverem fins criminosos a polícia deve ser chamada a assumir as suas responsabilidades”, afirmou.



O responsável admitiu ter chegado uma missiva ao Governo da Província de Luanda, no dia 28 de Abril, que dava conta da realização de uma manifestação marcada para o dia 25 de Maio, porém, com nomes fictícios e apelando ataques aos bancos e as igrejas.



Após recessão da carta, que dava a conhecer a referida manifestação, Carlos Alberto Cavuquila garantiu que o Governo da Província de Luanda tentou entrar em contacto com os responsáveis da missiva, mas não teve sucesso, pois a missiva, além de possuir nomes fictícios, não possuía quaisquer tipo de contacto.



Fazendo uma abordagem legal da situação, o jurista angolano, Norberto Garcia, esclareceu que todo o comportamento do ponto de vista social seja nocivo ou prejudicial à ordem pública, à paz social, assim como a estabilidade funcional das instituições há mecanismos legais que punem estas práticas.



“Além de se estar a promover um crime de instigação, está a cometer-se igualmente um crime de ameaças, pois os organizadores da referida manifestação, não estando identificados, declaram publicamente que pretendem ofender bens jurídicos essenciais sem os quais um Estado não existe”, reforçou.



Recorde-se que a manifestação levada a cabo, no Largo da Independência em Luanda, foi promovida por um grupo de jovens integrantes do chamado Movimento de Intervenção Social.

 

Desmentido

 

Segue entretanto o teor da carta dos jovens enviada ao Governo da Provincia de Luanda  desmentido o director Carlos Alberto Cavuquila ao dizer que  a carta dos manifestantes  apelava  ataques aos bancos e as igrejas. A Carta  que acompanhada do  carimbo de recepção do governo é datada de 6 de Maio e não,   28 de Abril, data que o governante atribui.

 

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