Lisboa - Duas correntes do regime angolano associadas ao  empresário  Bento Kangamba e ao  administrador Municipal do Rangel,  Maciel “Makavulo” tentraram  em mutuas acusações quanto a autoria de uma resma de panfleto (de diversão ) que servia para desencorajar a participação de populares no Rangel, na manifestação contra a fome que teve lugar no dia 25 na praça da Independência.


Fonte: Club-k.net



O “panfleto de diversão”  foi feito com base num outro  original  de autoria do grupo de Rap,   Movimento Revolucionário de Intervenção Social (MRIS) do Rangel. Nos  dizeres “liberdade, modernidade e cidadania” que vinha no fim do texto do panfleto  do  MRIS, os autores do panfleto de diversão colocaram palavras   de incentivo a violência. Foram  colocados   numa parede nas mediações  de uma zona que faz fronteira entre o Cazenga e o Rangel, por cima dos  panfletos  originais  do MRIS.



Uma semana atras,  Bento Kanganba teria sido citado como financiador de um panfleto posto a circular em Luanda que se supõe serem os mesmos encontrados no Rangel com a mensagem oposta a do original dos jovens do MRIS.  Numa entrevista a uma Radio Local, o empresário chegou a apresentar-se  como impulsionador  de uma campanha contra os jovens da manifestação do dia 25 Maio associando-lhes a acções  de violência e guerra.



Por agora, elementos conotados a corrente de Kangamba descartam a sua participação na operação dando a entender que os panfletos de diversão teriam sido empreendidos com o conhecimento de  dois  elementos,  “Budia” e  “ Gi Lopes”, que se insinuam operativos da  Segurança do Estado ligados ao  administrador do Rangel.



No seguimento de criticas ao Governo angolano,   por ter  prendido o  grupo de  jovens  promotores da manifestação do dia 25 de Maio, os  panfletos de diversão foram aproveitados e apresentados  na TPA insinuando que eram da autoria dos manifestantes no sentido de serem visto como elementos de  “fins inconfessos”.

 

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