Luanda - 1.Angola é um país em transformação e a dinâmica das mudanças que ocorrem é um bom indicativo de que o país marcha de forma imparável para as grandes conquistas. No campo económico, no domínio das infra-estruturas, na vertente política e social vamos tendo sempre sinais de que o país se consolida como espaço de realização de progresso e que ele tem lugar de forma multifacetada.


Fonte: Jornal de Angola



O tempo está a se encarregar de mostrar que os angolanos estão a trabalhar de modo árduo para ter um novo país e praticamente todos os meses há provas irrefutáveis da grande vontade de mudar.



Sexta-feira o Presidente José Eduardo dos Santos foi à entrada da Ilha do Cabo para inaugurar a “ponte Kianda”, uma obra de engenharia enquadrada no projecto de requalificação da Baía de Luanda. A empreitada, que deve estar concluída e ser entregue entre Maio e Julho do próximo ano, já está a traduzir-se em benefícios para os luandenses. Os automobilistas são os primeiros a elogiar a solução rodoviária encontrada para desafogar o trânsito para quem sai de Luanda para a ilha e vice-versa. O cidadão comum olha para a obra como algo que enche o seu ego e que vai tornar todo aquele perímetro em área mais atractiva e que turisticamente vai ganhar outra projecção, outro valor. No mesmo dia José Eduardo dos Santos procedeu a abertura da Zona Económica Especial Luanda/Bengo.


Um empreendimento que só por si representa uma plataforma para a multiplicação de postos de trabalho pelo país inteiro, tendo em conta a capacidade de produção já instalada e a projectada para responder à demanda em bens e serviços de que a economia nacional, nesta fase de relançamento, já reclama. Sabemos de casos de fazendas agrícolas cujos projectos não puderam sair do papel por falta de equipamentos, e que agora com os pivôs de irrigação agrícola fabricados na ZEE têm a vida facilitada. O mesmo se pode dizer das fábricas de plásticos, de tubos PVC, de cabos de fibra óptica, enfim, todo um conjunto de artigos que produzidos no país poderão ver o seu custo reduzido e desse modo as empresas também a sua margem de lucro acrescida.



Projecto lançado à terra em 2005, a Zona Económica Especial é agora uma realidade tangível que já dá frutos e garantia de que constitui uma infra-estrutura necessária para a criação de outras indústrias, de outras empresas, de mais postos de trabalho.


No horizonte a curto prazo outros projectos se perfilam para vir a ­público em 2012 como realidade concreta e indesmentível do empenho do Executivo em melhorar a qualidade de vida dos angolanos. São um testemunho inequívoco da fé em apresentar obra feita e dos que acreditam que Angola já entrou no ponto de viragem que marca o seu forte comprometimento com a consolidação dos valores da democracia, da economia de mercado e da justiça social.


2. Cabinda deu o pontapé de saída na discussão do pacote legislativo da Comunicação Social e fê-lo da melhor maneira. Os profissionais da imprensa trataram de dissecar a legislação e, como não podia deixar de ser, as principais intervenções estiveram centradas no Estatuto do Jornalista, os requisitos de acesso à profissão e à carteira, a descriminalização das penas, bem como no funcionamento do futuro Conselho Nacional de Comunicação Social. Um exercício saudável pelos argumentos aduzidos em defesa de uma ou de outra posição, mas acima de tudo pelos esclarecimentos prestados pelos técnicos para justificar a razão de ser da inclusão dos preceitos nos diplomas nos termos em que o foram. Malanje é a próxima etapa de discussão que vai envolver profissionais locais, de Luanda, do Kwanza-Norte, do Uíge e do Zaire e, de facto, Cabinda foi um bom barómetro para aferir que vai ser interessante ouvir a classe sobre o que pensa em relação ao conjunto de propostas para regular o exercício da actividade.


De resto, é a consulta pública a afirmar-se como instrumento para o enriquecimento do pacote legislativo e o interesse da tutela da comunicação social em assegurar que o pluralismo na sua discussão seja um valor intrínseco ao processo que vai conduzir à sua aprovação.


*DG adjunto do Jornal de Angola