Luanda -  A resposta a esta interrogação é simples e directa:"Vão tê-las! Nós os que não gostamos da vossas manifestações, também sabemos organizar e promover as nossas manifestações."Este fim-de-semana David Mendes e Luaty Beirão foram "visitados" em suas casas por um grupo ruidoso e agressivo de "manifestantes".


Fonte: morrodamaianga.blogspot.com/


Os resultados da acção do "novo movimento" estão à vista de todos e só podem deixar-nos preocupados, porque apontam claramente para o regresso a um passado que, em abono da verdade, nunca deixou de estar presente, embora disfarçado com as cores de um futuro diferente.

Terá sido o mesmo grupo?


Pouco importa, pois o que há mais nesta cidade são jovens desocupados e com vontade de fazer qualquer coisa a troco de umas birras.


Desde que foi organizada  pelos seus próprios camaradas a manifestação "espontânea" contra o "bailundo" Marcolino Moco que já nada me espanta nesta "secção".



Claramente e conforme era nossa previsão, a violência física contra os "cabeças de lista" foi accionada na sequência das últimas movimentações de rua, restando apenas saber se haverá alguma limitação, ou seja, se as orientações superiores excluem a eliminação física, o que parece ser o caso, pois não acreditamos que já se tenha chegado a um tal extremo.  A partir de agora os "brigadistas" podem visitar todos os críticos do MPLA/Governo com o propósito de intimidá-los.


O recurso ao "direito de manifestação" é superficialmente inteligente, porque muito dificilmente convencerá a opinião pública da sua autenticidade.



O que me entristece profundamente em tudo isto, para além da violência gratuita, é termos, uma vez mais, a comunicação social pública e os seus "jornalistas" completamente atrelados a esta estratégia repressiva.


Os "jornalistas" estão a patrocinar o "projecto", sendo, aliás, responsáveis pela execução da sua parte mais sensível e perturbadora.  Só mesmo colocando-lhes as aspas em cima é possível entender o seu papelão em toda esta campanha de violência política.


Não é possível que jornalistas sem aspas possam fazer a "cobertura" de tais actos, sem questionarem a sua autenticidade, a sua origem, legitimando-os como sendo reacções naturais.  Preparem-se para o pior, pois nesta terra nada está tão mal que não possa ficar ainda pior, particularmente em matéria de violências para todos os gostos e feitios, começando pela já endémica violência institucional/violência política.


PS- Mais informações sobre estas e outras makas com a versão dos manifestantes sem aspas em http://centralangola7311.net/.  Esta informação é particularmente dirigida aos jornalistas com aspas.