Suíça - Actualmente muitas pessoas pensam que há sérios problemas na UNITA, permitam-me dizer-vos que é falso, porque a convocação do congresso é utilizada simplesmente para esconder as ambições pessoais de certos membros e dirigentes da UNITA que querem impor as suas decisões, desafiando a decisão da maioria esmagadora tomada na última reunião da Comissão Política o ano passado e do Comité Permanente em Maio último.


* Delegado da UNITA na Suíça
Fonte: Club-k.net

Pessoalmente, gozo de uma boa reputação e qualidade irrepreensível dentro do nosso partido. Assim, para o bem do partido e da nossa nação decidi exprimir-me sobre este assunto. Por conseguinte, não desejo irritar quem quer que fosse com esse meu pronunciamento. Se for o caso, então, as minhas desculpas antecipadas, porque faço-o no interesse de todos.
 

Porque esta verdade permitirá a cada um fazer a sua análise pessoal e tirar as suas conclusões sem a influência da imprensa nem dos especuladores da situação.


Deixem dizer-vos que nós, bantus temos provérbios que utilizamos nas nossas intervenções. Um deles diz que “A verdade dói” e “a roupa suja lava-se em casa, em família”.


Limitar-me-ei a dizer-vos o essencial. Porque sei que estes diferendos serão resolvidos, porque a UNITA adquiriu maturidade.


 
Se quisermos falar da democracia no seio da UNITA, posso confirmar que realmente aplica-se, talvez ainda não bem, mas realmente de uma maneira satisfatória.


Sem a Democracia no partido, não haveria estes tipos das estórias, prova uma vez mais que a liberdade de expressão é exercida, a intolerância e a intimidação não têm lugar na UNITA. As pessoas são livres de fazer a sua reivindicação.

 
Certamente, de acordo com o estatuto da UNITA em vigor, o congresso ordinário deve ter lugar de quatro em quatro anos.
Não sejamos hipócritas, a Direcção do partido viu aproximar-se o prazo, convocou a Comissão Política para dar o seu parecer enquanto órgão deliberativo, sobre a convocação do congresso como prevê o estatuto.


Durante a reunião, a Comissão Política (C.P) deveria aprovar as modalidades de funcionamento, as condições logísticas, recursos humanos e materiais, as despesas e o financiamento. Para ser honesto, posso dizer-vos que os meios financeiros da UNITA estavam aquém das exigências e não permitiam partir para esse compromisso.


Nesta situação apareceram duas tendências, uma para a realização e outra que defendia a não realização do congresso este ano. A corrente que defendeu a realização do congresso depois das eleições gerais constituíam a maioria e sua posição é que prevaleceu, como mandam as regras democráticas.

  
Todos tiveram direito a palavra. Houve várias propostas para o financiamento do congresso. Mas como em termos concretos não havia meios financeiros para a realização do conclave a reunião da Comissão Política terminou com o acordo de todos.


Por conseguinte, o conjunto dos membros presentes nesta reunião aceitou o veredicto saído da reunião da CP e adoptou-se a decisão da não realização do congresso este ano.


Noutros termos, reunião da CP não autorizou o Presidente do partido a convocar o congresso este ano, mas recomendou que fossem criadas as condições que se impõem.


Penso que a democracia aprende-se, é inútil transtorná-la, em democracia, mesmo as vozes da minoria são preservadas e consideradas, isto é, procurando terreno para o entendimento e compromissos.


Neste caso, supõe-se que alguns dos apoiantes da decisão da realização do congresso este ano, são os responsáveis do memorando que reivindica a demissão do presidente ao mesmo tempo que propõe a equipa de substituição quem chamam de “comissão de gestão”.


Eles são hipócritas, uma vez que na última reunião da comissão política não tiveram a coragem de questionar aquém caberia a direcção do partido no fim do mandato do presidente do partido, numa altura em que os estatutos são omissos. Seria uma boa ocasião para a discussão e solução desse aspecto.


O que é claro é que os estatutos não estabelecem limite ao mandato do presidente, embora fale do congresso realizar-se de quatro em quatro anos.


O direito à reivindicações é dado a cada membro da UNITA, mas através dos órgãos estabelecidos. Como se explicar que um grupo de pessoas que se dizem militantes e democratas ignoram os órgãos do partido e dão-se ao luxo de pedir a demissão da Direcção do partido e propor ao mesmo tempo os seus candidatos sem consentimentos destes últimos?


Permitam-me afirmar que os nomes constantes do memorando na sua maior parte são pessoas que defenderam a realização do congresso este ano, mas não são obrigatoriamente contra o Presidente Samakuva. Quanto aos membros da proposta comissão de gestão, todos eles foram apanhados de surpresa como podemos constatar nas declarações do Vice-Presidente Eng. Ernesto Mulato.
É a anarquia. É falta de seriedade e não é digno dos dirigentes de um grande partido. O Vice-presidente Ernesto Mulato tem razão ao qualificar esta atitude “de golpista”

Quem do C.P ignora que o primeiro que defende a realização do congresso é o Dr. Isaías.Samakuva?
Ultimamente, aquando da reunião do Comité Permanente realizada em Maio passado, o Presidente Samakuva insistiu, orientando este órgão de direcção a recomendar a comissão politica para reavaliar a sua decisão sobre o XI Congresso, na próxima reunião de Setembro quem vem de modo que o Congresso possa ter lugar ainda este ano.
Portanto, não sério reclamar a cabeça de Samakuva. Os que o fazem estão a defender as suas ambições pessoais e não são pelo interesse do partido.

As pessoas estão claramente a fazer o jogo do MPLA, para atrair a sua atenção de modo que sejam os seus próximos elementos perturbadores dentro UNITA, aproveitando a situação para tirar lucro.


Evocam os estatutos do partido para trair o próprio partido e os seus militantes, privilegiam as suas ambições pessoais que não podem, actualmente conseguir por falta da confiança dos delegados da UNITA ao congresso.


Aceitam ser manipulados pelo exterior do partido para desequilibrar a UNITA por razões das acomodações políticas fora da UNITA ou razões financeiras.


Sabemos como se desenrolaram as eleições de 2008 em Angola. Não sejamos hipócritas, qualquer individuo, à testa da UNITA, durante e após essas eleições não podia ter cabeça erguida.


Temos um adversário que tem todos os meios com ele e considera-nos sempre como os seus inimigos. O percurso que temos vindo a fazer até agora constitui uma boa experiência e amadurecemos.


Desejo que as querelas internas, assim como os nossos diferendos se resolvam em fóruns próprios e não na praça pública.
Conjuguemos as nossas energias para efectivamente apreendermos a ocasião que se nos apresenta. Tenhamos a coragem de fazer acções benéficas ao nosso partido e ao nosso povo.


Elogio a coragem do nosso secretário-geral Kamalata Numa,de ter decretado a greve da fome, para o interesse dos nossos membros.


Apoio o secretário de JURA, Mfuka Munzemba determinado empurrar a população à manifestação generalizada, caso o MPLA impedir a instalação da comissão nacional independente.
 

A oposição angolana diante de uma perspectiva de sucesso, não é um sonho. O povo compreendeu, fartou-se começa a se libertar do medo.


Resumidamente toda a obra de angolano pode encontrar o seu lugar no seio a sociedade e bem ganhar o seu pão como merece.


Hoje confrontamo-nos com um dilema, temos um país rico mas a maioria não aproveita dos seus recursos, os nossos direitos são violados. O governante tornou-se empresário arrogante e lança-nos as migalhas.


Pensemos ao nosso povo. Cada um traga a sua pedra para a edificação desta pátria, para  instauração de um estado de direito onde o povo goza dos benefícios da Democracia.


Para terminar, convido-vos a ouvir a conferência de imprensa do presidente Samakuva clicando na ligação a seguir, ele falou da realização do congresso, Makuta Nkondo e Jojo da emissão Ndjando exprime-se também.


Samakuva, Makuta Nkondo e Jojo exprimem-se.