Kwanza-Norte -  Os funcionários, recentemente enquadrados à luz do concurso público 2008, no sector da saúde na província do Kwanza Norte, acusam a direcção provincial local, de ter desviado os seus retroactivos referentes aos anos 2008, 2009 e 2010, bem como os meses de Janeiro e Fevereiro do ano em curso.


 Fonte: Club-K.net          

 

Os homens da seringa naquelas paragens, se mostram indignados, ao mesmo tempo agastados, com este comportamento não abonatório perpetrado pelo departamento dos recursos humanos e finanças da referida direcção provincial. 

 

Um dos afligidos pela esta pouca sorte, lamentou o facto dizendo que “desde que fomos enquadrados estamos esperando pelos nossos retroactivos e nunca recebemos. Já recorrermos à delegação provincial das finanças. Mas ficamos sem resposta clara, já fomos até ao governo provincial também fomos barrados”.

 

Um outro enfermeiro também ouvido por este portal, lançou o grito de socorro pedindo transparência e justiça a quem de direito. “Queremos apenas que se faça a justiça, queremos esclarecimentos convincentes e digam-nos a onde estão os nossos retroactivos, se o dinheiro voltou ao cofre do Estado, porque que os técnicos do hospital central de Ndalatando e hospital municipal de Kambambe/Dondo, que começamos a trabalhar no mesmo dia, já receberam os seus retroactivos e nós não? Será que alguns são filhos e outros enteados”, desabafou a nossa fonte.

 

Por seu turno, o secretário provincial do galo negro daquela província, António Francisco Hebo “Pensamento Mazanga”, também lamentou o facto, mostrando-se solidário com os técnicos de saúde que desde 2008 não vejam a cor dos seus dinheiros e garantiu ajudá-los a resolver o problema. 

 

Não obstante as barreiras que lhes são postas, o número um do maior partido na oposição naquela região, admitiu que em função da aproximação com governo local e com o finca-pé que o seu partido tem envidado, acredita na resolução do caso. 


“Mas caso não se cumpram com as suas obrigações, porque não é um favor que hão-de fazer aos funcionários, nós UNITA, garantimos a estes trabalhadores da saúde, em ajudá-los a intentar uma acção judicial, aos presumíveis autores do caso, porque estamos perante um crime. Isto é peculato”, rematou o político.

 

Este portal, procurou ouvir a direcção provincial da saúde local, mas todos esforços envidados foram em vão, mas fica desde já com a promessa de voltarmos a trazer à tona os novos dados neste mesmo espaço.