Kwanza Norte – Mais de 86 alunos na sua maioria adolescentes e uma professora do ensino primário, todos pertencentes em diversas escolas sedeadas na zona urbana e suburbana da então vila Salazar, desfaleceram em plena salas de aulas. A calamidade dos desmaios está a sacudir escolas daquela região causando clima de náusea no seio da população estudantil, por si já enfraquecida e de pobre socorro. 


 Fonte: Club-k.net         


As vítimas lançaram grito de socorro as autoridades de direito na luta contra a agitação dos desmaios que assola a antiga cidade Jardim de Angola desde o passado dia 28 de Julho do ano em curso. Mesmo assim, o surto de desmaios soma e segue.  Os primeiros casos foram registadas há uma semana, na escola primaria s/nº do bairro Azul, onde foram vítimas duas menores de idade um do sexo masculino e outro feminino, cujos nomes e idades não foram reveladas pela fonte, ligada a aquele estabelecimento estatal de ensino primário. Já na quarta-feira, 3, do mês corrente, a onda dos desmaios visitou a escola primária nº20, sita na rua Dr. António Agostinho Neto, centro da cidade de Ndalatando, que além de vitimar causou um grande pânico no seio dos alunos e do corpo directivo.


Este postal furou até ao Banco de Urgência do Hospital Central daquela cidade, ao encontro das vítimas onde beneficiavam dos primeiros socorros, embora asfixiadas e com vozes roncas, as duas falaram a este portal.“Me senti tonta, estava sentir muito calor e quase que tiraria toda roupa.


Depois a garganta também estava muita seca queria beber muita água e depois cai no chão dentro da sala,” contou a garota.“Estava na sala de aulas, depois falei numa colega estou a sentir arrepio e vertiz, mas todos colegas estavam a me rir, senti o peito bem quente e fraqueza, depois desmaiei, o professor telefonou ao nosso director e nos trouxeram até aqui no hospital”, contou a outra.


 Na manhã desta quinta-feira, 4, foi o dia do grande pânico. Três ambulâncias do hospital central, poluíam o silencio da pequena cidade, porque estavam a transportar 27 alunos na sua maioria raparigas, e uma professora, que foram atingidos pela fúria misteriosa da febre, que incidiu à escola primária do Catome de Baixo, sito no bairro com o mesmo nome, arredores cidade, deixando os técnicos de saúde sem espaços de manobras.


 Hospital abarrotado e agitado. Forças de segurança distintas em todos recintos e até escolas abandonadas. Segundo relatos das vítimas “sentem muito frio, mau cheiro semelhante a de gás butano, e até mesmo fraqueza, alegando inalação de uma substância tóxica supostamente pulverizada nas salas de aulas”.  Ainda nesta quarta-feira, as ambulâncias, os carros da polícia e da protecção civil e bombeiros, voltaram a poluir o silêncio da urbe, com mais de 55 vítimas de quatro escolas. Está acção pertubou ainda mais os ânimos dos professores e pupilos. As escolas invadidas pelo surto são: o Complexo Escolar Santa Maria Goretti, pertencente à igreja Católica, com 50 casos, Escola Primária n.º 211, com três casos e as escolas 333 do bairro Kipata e o Instituto Médio Normal, ambos com um caso cada.

 

Imprensa estatal proibida de noticiar o assunto

 

Segundo uma fonte oficial, em off, lamentou o facto de que “sem ordem, naquele hospital quem só deve falar a imprensa é o director clínico ou, o chefe de enfermagem, mas também apenas nos órgãos de comunicação social público local, caso contrário, põe o seu pão no gasóleo”.  Mas desta vez “o feitiço voltou contra o feiticeiro”, porque a imprensa afecta ao regime, está no silêncio, sob alçada disciplinar de quem revelar os factos sobre os desmaios, será responsabilizado, sob pena de desobediência, devido a censura decretada à toda comunicação social pública.

 

Por seu turno, Mbiavanga Eduardo Alves, director clínico do Hospital Central de Ndalatando, disse – telefonicamente – que isto é apenas uma situação de pânico e não há gravidade nenhuma nos casos que já deram entrada neste hospital”.

 

Portanto, sem entrar em detalhes, membros afectos ao regime local, ignoram a praga dos desmaios e alegam fome às vítimas e falam também em psicose por parte dos atingidos pelo fenómeno de desmaios, comportamento este que deixou a desejar maior parte das pessoas incluindo homens da seringa. Antes do sucedido, o executivo local já tivera realizado, há escassos dias, uma reunião de emergência que teve lugar no salão nobre da administração municipal de Cazengo, com todos os directores das escolas sedeadas naquele município. Este encontro foi encabeçado por Alberto Lomboca, chefe da área social da mesma, no qual baixou orientações paliativas no que tange à segurança das escolas da sede capital do Kwanza Norte.


Encontro similar aconteceu  ainda nesta quarta-feira, numa das salas da escola do 2º ciclo do ensino secundário da Eiffel, sob auspício de Velhinho Joaquim de Barros, director provincial do Kwanza Norte, onde também deixou algumas medidas de segurança nas escolas e pediu ao seu conjunto, a ser mais sério e dinâmico no controlo tanto dos alunos como dos professores, tudo isso, por causa deste maléfico fenómeno, até agora inexplicável que continua criar pânico e pranto na sociedade angolana.


 Já em Camabatela, a vila municipal de Ambaca, felizmente, não há nenhum caso, mas este portal soube de fonte fidedigna que, esta segunda-feira (01/08), terça-feira (02/08) e quarta-feira (03/08) respectivamente, as entidades daquela região decidiram encerrar temporariamente as portas das escolas sedeadas na vila municipal, no sentido de se prevenirem dos eventuais casos de desfalecimentos, porque o fenómeno está a insidiar o vizinho município do Negage, província do Uíge.