Luanda  - Na altura em que a polícia nacional descarta a hipótese de existir, substancialmente, qualquer tipo de gás, o fenômeno toma outras proporções. Desta vez, as vítimas não foram os pacatos estudantes – como tem sido habitual – mas sim, entidades governamentais.


Fonte: Club-k.net

Ondas de síncope continuam assombrar o país

A vice-governadora para a área política e social, Jovelina Alfredo António Imperial, em companhia da directora adjunta do gabinete do ex-governador provincial, Jacinta Ivone Carvalho Neto, desfaleceram, no último dia 29 de Julho, no município de Cacuaco, durante uma visita de constatação numa das unidades escolares que fora vítima do prodígio.
 

 

Este postal soube ainda que depois do sucedido, as duas ‘madames’ foram levadas de emergência para umas clínicas privadas da capital – que não conseguimos apurar o nome – onde permaneceram até no dia 01 do mês em curso.   Curiosamente, está acção se registou numa altura em que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, após ter mantido um breve encontro com os munícipes do Sambizanga e, ter lançado a primeira pedra para o início de obras de requalificação do mesmo, se dirigia para o município vizinho Cacuaco.

 

Importa realçar que, as vítimas acima citadas não foram às únicas figuras públicas que caíram na desgraça da intoxicação, alegadamente, causada por uma substância até agora por identificar.  No dia seguinte em que aconteceu o sucedido com a vice-governadora, o director da escola  de polícia Mártires do Kapolo, em Luanda, comandante Elias, desmaiou após ter ido socorrer umas alunas quando se preparavam para  formatura. O mesmo aconteceu com um guarda daquela instituição policial.


Recentemente, uma repórter da Rádio Ecclésia, Maria Tavares, que se deslocou a uma das escolas de Viana “Neves e Sousa”, foi também vítima do produto tóxico. “Comecei a sentir dor de cabeça intensa e depois tonturas”, disse, na altura, a jornalista que também foi hospitalizada, depois de ter desmaiado no local.


 Apesar da “não convincente”  estratégia do Executivo angolano (de tapar o sol com a peneira), as ondas de síncope continuam assombrar as escolas do país. Até ao momento, este fenômeno já foi registado em 13 províncias (Luanda, Bengo, Cabinda, Malange, Namibe, Huíla, Cunene, Kwanza Norte e Sul, Uíge, Moxico, Benguela e Bié), causando assim, até agora, duas vítimas mortais.