Brasil - O processo Democrático em Angola tem reafirmado o que muitos de nós sempre acreditamos: a Democracia em Angola é possível sem a UNITA. E que esse partido, se antes era uma espinha na garganta para a paz, hoje constitui um câncer ou tumor maligno naquele lugar para a Democracia.
Fonte: WWW.blogdonelodecarvalho.blogspot.com
UNITA na Assembléia Legislativa - as desistências -
Um tumor que deve ser removido. Essa remoção deve ser acompanhada com a convicção de que este partido nunca foi um equilíbrio saudável para o evoluir dos fatos na sociedade Angolana. Seu papel se reduz a destruir o que é erguido sem a sua complacência. Essa presunção de destruição está dada pela sua característica e origem tribal, que lhe faz pensar em ter e ser o representante daquilo que seus membros e dirigentes acreditam ser: a voz daqueles que fazem do tribalismo e do regionalismo instrumentos eficazes para canalizar crises políticas, noutros tempos gerando a violência; que justificasse um acomodamento das forças políticas a favor desse mesmo grupo.
A UNITA está no fim e poderia não existir se aquela convicção, do papel que ela tem diante da democracia angolana, fosse tomada a sério por todas as forças políticas no pais em especial a sociedade civil, esta que tem a missão patriótica de combater a corrupção. Eu sou de opinião que o MPLA, ou aqueles militantes deste partido obcecados em combater a corrupção, deveriam ser mais moderados com os grupos da sociedade civil, desde que estes não compactuassem em nada com aquele bando de terroristas. A UNITA precisa ser isolada, ilhada, politicamente falando, deve ser lançada como um naufrágio no alto mar, sem ter a esperança de um dia encontrar a próxima praia. Precisamos provar que esse partido não merece a confiança de quem luta, verdadeiramente, contra a corrupção, que não merece a confiança dos angolanos. E que ela só está aí para atrapalhar os nossos sonhos: de vivermos num país democrático onde todos nós possamos dormir e acordar sem pensarmos na existência de uma possível de guerra.
Hoje o problema sério de Angola é a corrupção. Por isso, não haverá êxito nem vitoria sobre este mal enquanto a UNITA existir. E não haverá vitoria de nenhum grupo de oposição sobre o MPLA, com todos os seus males ou não, enquanto a UNITA existir. Essa tese pode parecer dura para aqueles que vêem no MPLA o adversário a ser combatido e para aqueles que ainda têm a missão de combater a corrupção. Mas fatos são fatos e realidade é realidade, as mudanças de todos eles exigem o seguimento de princípios e regras sócio-políticas difícil de serem violados. O próprio MPLA sabe disso e faz do mesmo um jogo ao seu favor. Existem males maiores a curtos ( 20 anos) e medianos ( 50 anos) prazos em cima da corrupção. É o de se pôr um bando de terroristas, não reformados e não arrependidos, governando um país como Angola.
Essa responsabilidade não se lhe incumbi a qualquer um descaracterizado ou a pessoas que assistiram, contemplaram e apoiaram a inquisição, a queima em fogueiras de crianças e mulheres naquele lugar que todos conhecemos como a Jamba. Quem não enxerga estas circunstâncias não é porque tem tanto ódio ao MPLA, mas porque é burro e carece de uma estratégia política para combater a corrupção. Além disso, os guerrilheiros de Jonas Savimbi que no passado foram tão desumanos com tudo que já sabemos, o que fariam hoje para combater a corrupção? Quando em política um dos objetivos, num país como nosso, nem é a redistribuição ou distribuição do poder, é a simples cedência do poder, absorção dos privilégios de uns para os outros. Só estes simples atos de forma anárquica e sem regra já caracteriza corrupção. Não há nada que indique ou que prove que a UNITA está aí para moralizar e civilizar a Administração Pública Angolana depois de trinta e cinco anos de independência.
Assim, as derrotas da UNITA na Assembléia Legislativa- as desistências-, provam a sua incapacidade de solucionar crises políticas. E retratam os constrangimentos, o jeito incomum e desastroso que eles têm de viver em civilização. Falta adaptação! Hoje felizmente estão desarmados e o canto em nome da paz que sai da boca dos seus dirigentes é precisamente por esta condição.