Lisboa – O salário mensal do  Director Nacional das alfândegas de Angola, Silvio Franco Burity  está,  na casa dos  100 mil dólares norte americanos.  A revelação foi recentemente feita em tribunal, na Sala dos Crimes Comuns da 7ª Secção,  a margem do processo judicial que o mesmo move contra  o director do Folha-8, William Tonet.

 

Fonte: Club-k.net

 SINFO entra em campo

Durante a acareação, dirigida pelo juiz, Manuel Pereira da Silva, o director  Silvio Franco Burity  sancionou os dados, tendo apostilado que o seu salário é adjudicado, em  função de procedimentos de multas/impostos   arrecadados  por aquela direcção ligada ao Ministério das Finanças. Nas explicações dadas pelo mesmo,  o auditório  ficou igualmente a saber que o seu salário é instável  havendo momento em que chega  a ser equivalente a  200 mil dólares americanos.


Em reação ao processo judicial que envolve o Director Nacional das alfândegas, sectores em Luanda, tem sido unânimes  em afirmar que o caso contra o jornalista William Tonet,  abriu precedentes  precipitando a exposição da imagem de Silvio Burity.

 

A saber:


-   Foi reafirmado ao cargo  em finais do ano passado, porem, em aproveitamento do assunto, uma corrente do MPLA, que também cobiça aquele cargo, tem  estado a fazer corredores para o seu afastamento em honra da política de “tolerância zero”.


-  O  Ministério público, por exemplo,   deu “razão”  para absorção do réu  por se ter provado em tribunal as acusações que a sua publicação fez em torno do suposto caso de nepotismo envolvendo nomes de  familiares de Silvio Burity  colocados nas Alfândegas.


-  O seu assunto deu azo ao  Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), a  apreciar informações que corriam em torno do mesmo. O caso que esta agora em consideração envolve uma funcionaria que fora afastada a cerca de 5 meses, por supostas incompatibilidades, mas que em cooperação com o mesmo arrecadava verbas que eram alocadas numa conta privada de Silvio Burity.

 

O   SINSE, sempre dedicou-se  em manter elementos seus nas estruturas das  alfândegas e em outras empresas “chaves” do aparelho de Estado.  Muito destes elementos  estão reunidos em torno de uma estrutura “sombra”, o QPE – Quadro do Pessoal Estratégico cuja a missão é manter informado a Presidência da Republica.   Um dos quadros mais activo que o SINSE  tinha na direção das  Alfândegas  é Elias André, já falecido em circunstancias pouco  claras.  Esteve colocado no departamento de fiscalização aduaneira.