Namibe - Mais mil e oitocentas pessoas marcharam hoje pelas ruas da cidade do Namíbe, manifestando o  seu descontentamento pelo mau trabalho da Administração Municipal de Armando Valente.


* Armando Chicoca
Fonte: VOA


Os maus-tratos à população,suposta arrogância e falta de honestidade na distribuição de terrenos, contam-se entre as principais razões invocadas pelos descontentes que,em jeito de protesto, marcharam um percurso aproximadamente de três quilómetros,com início no mercado do Bairro Cinco de Abril até à sede da Administração Municipal do Namibe.

 

Já defronte de Administração Municipal do Namíbe,onde permaneceram mais de quatro horas, sob um aparato policial,que impedia a sua progressão às instalações da Administração do Município sede, muitos não se coibiram com a presença das armas e,portanto,falaram o que sentiam na alma.

 

Augusto Kapica, natural de Quipungo e residente no Namíbe há mais de cinquenta anos,era o mais infeliz do grupo. Depois de ter dito à Voz de América que o povo esperou nove meses no ventre da mãe de cada um, o que pressupõe dizer que o governo deve respeitar também a vida humana, acabou por ser o escolhido do Administrador Municipal Armando Valente para a detenção,causando mau estar no seio daquela população, de si já revoltada com a perspectiva da demolição de suas casas no Bairro Kamatondo.

 

O povo protestou e o Comandante Provincial do Namíbe da Policia Nacional, o comissário António Kandela, prontamente mandou corrigir o erro da corporação e o cidadão em causa voltou á liberdade.


"Porque é que o senhor administrador mandou prender o mais velho do nosso bairro.Votámos no MPLA e, agora, com estas manias em quem vamos votar? Será que votámos para sofrer?", questionou um dos mais revoltados do grupo,logo depois de ter sido posto em liberdade o mais velho do grupo, que aparenta ter 60 anos de idade, de seu nome Augusto Kapica.

 

A  manifestaçao aconteceu numa altura em que a Governadora do Namíbe, Cândida Celeste da Silva, se encontrava na cidade do Lubango,participando nas exéquias fúnebres do reitor da Universidade Mandume, Ya Nde Mofayo, falecido na semana finda .