Lisboa –  Quando o país tornou-se independente, aderiu a JMPLA, a partir do Bairro da Quissala, no Kwanza-sul. Teve como primeiro emprego, o Banco Nacional de Angola, onde desempenhou as funções nos sectores de Contabilidade e Recursos Humanos. Tinha também  a importância de  ter sido um furriel miliciano do exercito português que desertara  da então Escola de Aplicação Militar de Angola. Tais créditos impulsionaram  a dar seqüência a carreira militar que daí saiu apenas para ser servir a política activa.


Fonte: Club-k.net

Da amizade á crispação com Higino Carneiro

Nas  FAPLA, Serafim Maria do Prado esteve na – Escola de Formação de Soldados Comandante Arguelles, passando depois para o GAMA – Gabinete das Academias Militares de Angola, onde ocupou vários cargos (Chefe de Batalhão e Brigada) até ser graduado ao grau militar de Coronel das FAA em 1991.


Foi na condição de militar que tomou parte da Comissão Conjunta Política Militar  como representante do Chefe de Estado Maior das FAA e mais tarde, integrou  a Delegação do Governo a margem dos acordos de Lusaka.  Fez também   parte da Comissão Conjunta até 29 de Setembro de 1997 altura em que entrou para política como  Vice-Governador da Província da Lunda-Norte.


A amizade com Higino Carneiro


Ao longo da carreira militar  estreitou relações com Higino Carneiro seu conterrâneo. Quando este é nomeado Governador do Kwanza-Sul, em 1999,   propôs o seu nome ao PR, para que fizesse de Serafim do Prado  seu “Vice”.  Com o fim do conflito  militar, e havendo necessidade de indicar alguém para dar impulso a área da construção nacional, O PR nomeou  Higino Carneiro como ministro das obras publicas e este por sua vez influenciou que o seu sucessor, no cargo de governador provincial,  seria o seu “vice”, Serafim do Prado, nomeado  a 18 de Dezembro de 2002.

 

De inicio, era movido pelo  sentimento de gratidão e na pratica era Higino Carneiro quem  ainda mandava na província.  Porém, ambos entraram em fricção quando Serafim decidiu virar as costas  a aquele partindo para sua alto afirmação política.   A relação entre ambos começou a ser vista como murcha, depois de chegarem a Higino Carneiro “comentários críticos” atribuídos a Serafim do Prado   e por sua vez o general desligou-se do mesmo. 


Factos  ilustrativo que alimentou  a   crispação entre os dois:


- A certa altura o general Higino Carneiro  deslocava-se  província do Kuanza- Sul  tendo deixado  de procurar ou telefonar para saudar, o amigo governador.


-  Higino Carneiro inaugurou  um hotel da   rede Ritz no Libolo,  e  o governador Serafim do Prado foi dado como o grande ausente.


- Serafim do Prado fez saber que   obras  de construção de certa envergadura, a serem  erguidas  no Município do  Libolo,  deveriam  ser sob conhecimento do governo provincial e não da administração local  cujo administrador Luis Carneiro é sobrinho de Higino, nomeado ao tempo do consulado do general.  Há conhecimento de uma fabrica de Água,  conotada a Higino Carneiro, ao qual o governador Serafim do Prado alega que a área é reserva fundiária do Estado pelo que carecia do parecer  do governo provincial, face a localização que dá, próximo a um caudal de um dos rios.

 

A crispação entre ambos foi merecedora da intervenção dos familiares e personalidades ligadas aos dois que os aproximaram novamente. Como sinal de que “já não tem mágoas”,  Serafim do Prado aceitou comparecer, na qualidade de governador, na   inauguração de uma outra unidade da rede do  hotel Ritz  que Higino Carneiro,  construiu na vila do Waku Kungo.  Serafim do Prado foi o principal entusiasta, a quem coube cortar a fita de inauguração.


O consulado do governador


Quadros políticos que visitam aquela localidade, reclamam que o Kwanza-Sul é das províncias cujo avanço em termos de crescimento é nelo. Não obstante, a isto, atribuem a gestão de Serafim do Prado como estando  marcada com registro de desarmonia  com os membros do partido.

 

Em meios políticos  sugerem que deve mudar  alguns feitios  que lhe  tem prejudicado. O que lhe foi feito por Higino Carneiro (cenário de passar-lhe por cima), o mesmo esta a repetir, mas desta vez com o  administrador municipal  do Sumbe, Sebastião Neto “Makandumba”, cuja relação é marcada de clivagens.  Serafim do Prado, tem  desautorizado o seu inferior hierárquico. Ordena  trabalhos que seriam da alçada da administração municipal do Sumbe (como terraplanagem) sem,  no entanto,  dar a conhecer  a Neto “Makandumba”.

 

Numa reunião do Comité Provincial do MPLA,  no Sumbe, entre os dias  2 e 3 de Junho de 2011, fez passar a informação de que num próximo congresso do partido, o  administrador  do Sumbe, Sebastião Neto “Makandumba” iria deixar de ser membro do Comitê Central do Partido.

 

Em Luanda, Serafim do Prado faz parte do grupo de governadores  responsabilizado por ter   prejudicado  a imagem do MPLA,  nas eleições de 2008. Chegou  inclusive a sabotar   orientações do Presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira. Na altura, o  TC  deu a conhecer   que os partidos que quisessem concorrer as eleições teriam de submeter copia de um certo numero de cartão de eleitores de cidadãos nacionais. Em resposta,  o governador provincial foi a emissora provincial do Kuanza-Sul   fazer um apelo contrario proibindo as populações a não darem  copia dos seus cartões de eleitor aos partidos políticos da oposição.

 

A sua dificuldade em desenvolver espírito de harmonia política é  também criticada pelos quadros da provincial,  por uma corrente apartidária do Município da Cela e pela  oposição política na província. Recentemente, a UNITA solicitou o espaço da marginal para realizar a festividade do seu aniversario. Serafim do Prado  rejeitou ceder o local  sob alegação de que aquela era uma área habitual as actividades do MPLA.