Luanda - Quando Angola comemora mais 1 ano de independência geralmente a TPA, canal do regime faz questão de convidar em suas entrevistas realizadas em alusão à esta data, algumas figuras do regime e antigos combatentes, membros do Processo dos 50 e ex-presos políticos como o nacionalista Beto Van-Dúnem e Amadeu Amorim ambos presos político que viveram os maus-tratos no campo de concentração do Tarrafal, que numa das suas entrevistas disseram que no local foram escritas páginas de sangue, e “foi ali onde passaram também os elementos que lutaram pelas independências de todos os países africanos de expressão portuguesa”. detidos na colónia Penal do Tarrafal, situada no lugar de Chão Bom do concelho do Tarrafal, na ilha de Santiago (Cabo Verde), foi criada pelo Governo português do Estado Novo ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26 539, de 23 de Abril de 1936.


* Mateus Caculo
Jornalista Independente
Fonte: club-k

 

Cadeia Kakila o Tarrafal dos Jovens

que se manifestaram no dia 3 de Setembro


Essas figuras públicas, antes presos políticos, contam inúmeras vezes os dramas que passaram e como foram maltratados pela PIDE (com lágrimas nos olhos) lembram a cada momento de terror que viveram por discordar com o regime de Salazar, muitas dessas figuras que viveram na pele a amargura de sonhar a liberdade e um dia melhor para todos os Angolanos, hoje estão a repetir a História que o colono português havia escrito em suas vidas… estão a fazer novos presos políticos!


É verdade que para confundir a opinião pública muitos dos manifestantes da manifestação do dia 3 de Setembro de 2011 serão soltos mais tarde ou mais cedo, principalmente os mais visíveis como o “Carbono” Casumiro, mas os que não tiveram a sorte de serem vistosos pela comunicação social e pelas ONGs ou instituições de direitos humanos poderão não ter a mesma sorte exactamente como aconteceu no tarrafal.


“ Em 18 de Outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande (37) e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo em 8 de Setembro daquele ano de 1936.


O Campo do Tarrafal, ou Campo de Concentração do Tarrafal, como ficou conhecido, começou a funcionar em 29 de Outubro de 1936, com a chegada dos primeiros prisioneiros.


Foram 37 os prisioneiros políticos que morreram no Tarrafal; os seus corpos só depois do 25 de Abril puderam voltar à pátria, a lista no link, Clique aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_do_Tarrafal “ fim de citação.”


O campo de concentração do Tarrafal foi construído pelo regime fascista de Salazar na Ilha de Santiago para receber presos políticos, entre os quais se destacam os Angolanos António Jacinto, António Cardoso, Luandino Vieira e Mendes de Carvalho, que cumpriram penas pesadas. Também conhecido por “campo da morte lenta”, começou a funcionar em Outubro de 1936, tendo posteriormente sido encerrado em 1954. Em 1962 voltou a reabrir, mas apenas para receber presos políticos das ex-colónias. Foi definitivamente encerrado após o 25 de Abril de 1974.

 
Agora temos também a cadeia de Alta segurança de Kakila que pela sua forma de actuação é pior do que a cadeia de tarrafal e assim a História se repetirá, agora não será mais escrita por Salazar e seu capatazes mas por José Eduardo dos Santos e seu serviço de Inteligência entende-se, serviço de inteligência de JES e não de Angola, porque este serviço de inteligência trabalha em torno do único homem “deus” que a Angola conhece porque somente ele recebe culto de personalidade, só ele sabe e fala de tudo e os nossos dirigentes pagagaios ousam somente repetir em plena praça pública.


Muitas vidas desaparecerão por sonharem que amanhã seria melhor sem José Eduardo dos Santos e seus comparças, óxala um dia essas vidas sejam encontradas o pior é se forem mortas e enterradas em valas comuns como se fazia antes no tempo do caixão vazio sem chances de terem um enterro digno, pelo menos porão fim ao sofrimento de tanta miséria e injustiças praticada por aqueles que um dia disseram que lutavam em nome do povo mas que traíram os ideais de “Manguxi” e viraram as costas ao povo e tornaram-se piores que a PIDE.


O tarrafal dos Jovens que se manifestaram no dia 3 de Setembro começa, agora e chama-se Kakila cadeia de alta segurança para bandidos altamente perigosos “assim são tratados os jovens manifestantes” muito deles ninguém sabe o seu paradeiro porque escolheram o caminho mais difícil de mostrar o descontentamento contra aquele que pode que manda e que faz e pior não fala, frio e calculista assim é o Ditador José Eduardo dos Santos.


O que à seu geito natural, ordenou que os novos presos políticos devem  a ser tratados conforme manda uma ditadura que conhece os métodos de tortura, 1- Tortura psicológica (não tomam banho, dormem na imundice, são agredidos de forma a não deixar marcas e o julgamento é várias vezes adiado) 2- levados para vários lugares em horários diferentes e sem contacto com a família e para que a sociedade perca o rasto do cidadão, 3- chantagens e ofensas verbais são algumas técnicas de tortura psicológica seguida de tortura física.

    
Dizia um Chefe de Estado “nenhum povo troca a sua liberdade de expressão pelo dinheiro ou condições sócias e que isso não adianta os ditadores como Kadaffi procurarem compra o direito dos povos serem livres” assim como Kadaffi matou e humilhou os seus opositores assim também José Eduardo o faz portanto o mesmo caminho da queda de seu regime um dia o ditador mais antigo de África seguirá.

   
Não falta muito oxála seja breve e que todos os Angolanos sejam de uma vez por todas livre de um regime autoritário que transpira morte para quem se declara opositor as suas ideias e que os novos presos políticos que sobreviverem as torturas do regime um dia também possam ser chamados pelos órgãos de comunicação (nesta altura independente e sem manipulação do regime) para contar também com lágrimas nos olhos, o horror que viveram por desafiar o Absolutista José Eduardo dos Santos e seu regime.