Luanda - Deram certas as informações/denuncias, segundo a qual o juiz Simão Bento estaria a sofrer pressão no sentido de condenar os manifestantes do dia “3 de Setembro”, para não por em causa a versão do regime de que os jovens estudantes agrediram os policias envolvidos na repressão daquele dia. A evidencia esta sentença final, lida esta segunda-feira pelo Juiz condenando, os jovens manifestantes a três meses, e a 45 dias de prisão. A Senhora Ermelinda Freitas, de 60 anos, e um manifestantes identificado por Bruno (que apanhou trombose) foram absolvidos.
Fonte: Club-k.net
Regime recusa conversão da pena em multa
O magistrado Simão Bento recusou que a condenação fosse convertida, em multa devendo, os advogados dos manifesnates recorrerem junto do tribunal supremo, para anulação da sentença e notificar o juiz por ter se negado em aceitar as matérias que provavam a agressão das forças de repressão.
Em meios acadêmicos, o Juiz Simão Bento que é ainda estudante do curso de direito esta a ser fortemente criticado por ter posto se deixado influenciar pelas pressões políticas. Porém, antes disso, a defesa já havia suspeitado que o regime estava a impor um estudante de direito para ser facilmente influenciado pelas autoridades.
Na tarde desta segunda feira, o mesmo Juiz recusou, como prova, um vídeo inédito com imagens denunciando a violência da Polícia Nacional contra os jovens estudantes. O vídeo trás imagens de elementos da polícia nacional a paisana, e Serviços de Segurança, a agredirem os manifestantes. Vê-se ainda nas imagens, os mesmos agressores vestidos a civil, em conversa com a policia, o que denuncia a cumplicidade de ambas as forças.
A recusa do Juiz em aceitar ver os vídeos como prova deve-se ao facto de a policia ter dito que nenhum deles ou outras forças conotadas aos serviços de segurança do regime estiveram, naquela momento, a agir, em colaboração mutua.
De lembrar que, ao longo do julgamento de sexta feira, os policias entraram em contradição, ao reiterarem o discurso de que foram agredidos pelos jovens. Um dos policias teria mesmo apontado o manifestante Gaspar Luemba, como agressor. Porem foi desmentido visto que Luemba, não o podia ter agredido, visto que estava caído e desmaiado, no momento em que referia. Outra contradição foi não terem sabido responder como tinha a certeza de que as 14 pedras que levaram ao tribunal correspondia as mesma s que eles alegam terem sido atiradas pelos manifestantes. A contradição que mais marcou a audiência foi o caso da senhora de Ermelinda Freitas. A defesa questionou se alguém acreditaria que a senhora de 60 anos teria capacidade para jogar pedras aos policias.
A contradição que se verifica nos agentes da policia que participam como queixosos, é vista como resultado da falta de preparação sobre as versões que iriam relatar em tribunal. Um dos mesmos, em fase de saturação, chegou a dizer que era de opinião que se deixasse os jovens irem para as suas casas, ao invés de estarem naquele cenário que não viam benefícios.
Após a condenação desta segunda-feira, o governo tenciona julgar na terça-feira, o líder da JURA, Mfuka Muzenba no sentido de conotar a UNITA, as manifestações.