Luanda - A única passagem que a TPA "deixou" passar da intervenção feita sábado por Isaías Samakuva no comício realizado pela UNITA na cidade do Huambo foi o seu apelo para as pessoas participarem do actual processo de actualização do registo eleitoral. Nem mais uma palavra. A isto chama-se "rigôr jornalistico".


Fonte: Morrodamaianga


[NA- A RNA deu o mesmo tratamento "rigoroso", embora na edição de sábado e durante o comentário que fiz em directo para aquela emissora sobre a suspensão de alguns dos membros da UNITA, eu tenha feito referência ao comício e à passeata que o Galo Negro promoveu na cidade do Huambo.]

 

O "rigôr" da TPA foi igualmente sentido no tratamento (edição), através de planos muito fechados de todas as imagens que recolheu das actividades da UNITA, com destaque para o comício. As imagens não editadas colocadas por alguém no Youtoube falam por si e dão-nos uma dimensão exacta da manifestação realizada na cidade do Huambo.

 

A intenção deste tratamento cirurgíco, a contrastar com a generosidade dos planos abertos dispensados às manifestações de Luanda, não podia ser mais transparente, pois destinou-se a reduzir ao máximo o número de pessoas que se associaram as actividades realizadas na cidade do Huambo.


A televisão mostrou ser assim o média onde se aplica de forma mais eficaz e convincente o principio segundo o qual, com a verdade também se engana e muito bem.


Com tanta adesão ao partido que tem no coração, pergunto-me, qual é a necessidade que a TPA tem de manipular as imagens relacionadas com as actividades da UNITA?


De facto só mesmo a "guerra psicológica" pode explicar todo este anti-jornalismo militante...